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Físicos da Europa e dos EUA próximos de encontrar a “Partícula de Deus”

Para descobrir a partícula, os cientistas tentam recriar as condições do Big Bang, acelerando e colidindo partículas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h16 - Publicado em 27 jul 2010, 12h57

É como se você estivesse procurando um objeto na sua casa e soubesse que ele não está na sala, nem na cozinha e nem na área de serviço. Sobraram os quartos.

Cientistas americanos e europeus anunciaram nesta segunda-feira em Paris que ainda não encontraram a “partícula de Deus”. Mas, já têm uma boa ideia de onde ela não está.

A cada nova descoberta, os cientistas sabem com mais precisão onde procurar o Bóson de Higgs, como é conhecida na Física a “partícula de Deus”. Eles sabem que, caso exista, ela está no intervalo entre 115 e 200 bilhões de elétron volts (eV) – uma unidade para medir a energia ou a massa de partículas na Física. Um eV é extremamente pequeno e unidades de milhões de elétron volts, MeV ou GeV, são mais comuns. A última geração de aceleradores de partículas alcançam muitos milhões de elétron volts, representados por TeV. Um TeV é a quantidade de energia que uma mosca gasta para voar.

Agora, resultados do laboratório americano Fermilab mostram que ela não está não está no intervalo entre 158 e 175 bilhões de elétron volts. Em comparação, o próton, uma das partículas centrais da matéria, possui uma massa de um bilhão de elétron volts. É como se você estivesse procurando um objeto na sua casa e soubesse que ele não está na sala, nem na cozinha e nem na área de serviço. Sobraram os quartos.

A famosa partícula é considerada pelos teóricos a responsável por atribuir massa à matéria. Se os cientistas a encontrarem, isso quer dizer que o Modelo Padrão da Física está correto. Mas, se conseguirem provar que ela não existe, será preciso pensar em uma forma de explicar a natureza completamente diferente do que temos agora.

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Para descobrir a partícula, os cientistas tentam recriar as condições do Big Bang, durante a formação inicial do universo, acelerando e colidindo partículas entre si. Com isso, é possível estudar os restos das explosões e identificar como se deu o processo de formação de tudo que existe hoje. Atualmente, existem dois aceleradores de partículas no mundo que estão empenhados nessa descoberta: o americano Fermilab e o europeu LHC, ou Grande Colisor de Hadrons.

Físicos trabalhando no Fermilab na última década reuniram dados de mil trilhões (um, seguido de 15 zeros) de colisões de prótons e antiprótons procurando por sinais do Bóson de Higgs. Com os novos resultados, ficou mais fácil descobrir, se ela existir, onde a partícula está se escondendo.

Mas o Fermilab não é o único na caça pela partícula de Deus. Pesquisadores do europeu LHC, mais poderoso acelerador de partículas do mundo e que atualmente opera com metade da sua capacidade, disseram que já identificaram todas as partículas da Física atual, abrindo caminho para as novas partículas, incluindo o Bóson de Higgs. É a primeira vez, por exemplo, que o Top Quark, uma das partículas fundamentais do Modelo Padrão da Física, é identificada fora dos EUA.

A ideia é que o LHC chegue em sua potência máxima até 2013. Quanto mais energia, disseram os cientistas, mais eles se aproximam do Big Bang.

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