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Estudo mostra que mudança climática deve aumentar os períodos de chuva pesada e seca na Terra

Simulação realizada por pesquisadores da Nasa mostra como aumento da temperatura deve mudar o regime de chuvas no planeta

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h20 - Publicado em 3 Maio 2013, 13h47

Um estudo realizado por pesquisadores da Nasa mostra que o aquecimento global pode aumentar o risco de chuvas pesadas e períodos de seca no futuro. Os pesquisadores realizaram simulações em computadores de 14 modelos climáticos para mostrar como os níveis cada vez maiores de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera podem afetar todo o regime de chuvas no planeta.

Segundo os resultados, as regiões úmidas do planeta, principalmente as que se localizam no Oceano Pacífico e nas regiões de monções da Ásia, devem ver um aumento na precipitação intensa; enquanto as áreas áridas localizadas mais longe dos trópicos devem se tornar ainda mais secas. “Em resposta ao aquecimento, o ciclo global da água passa por uma competição gigantesca pela umidade, resultando em um padrão de aumento nas chuvas pesadas, diminuição das chuvas moderadas, e secas prolongadas em certas regiões”, afirma William Lau, pesquisador do Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa, e autor do estudo, que foi aceito para publicação na revista Geophysical Research Letters.

O modelo projetado pelos cientistas prevê que, para cada aumento de um grau Fahrenheit (cerca de 0,56 grau Celsius), a queda de chuva pesada deve aumentar globalmente em 3,9%, enquanto a de chuva leve deve aumentar 1%. No entanto, a quantidade total de chuva no planeta não vai mudar, pois a chuva moderada deve diminuir em 1,4%. Segundo os cientistas, um período de chuva pesada é definido como o mês em que cai, em média, 0,889 centímetros de chuva por dia. O período de chuva leve é aquele que recebe 0,025 centímetros por dia, e o de chuva moderada é aquele que recebe entre 0,102 e 0,229 centímetros.

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Tempestades e secas – As áreas que devem ter o maior aumento na quantidade de chuvas pesadas são as regiões próximas ao Equador, principalmente no Oceano Pacífico e nas regiões de monções no sudeste asiático. Enquanto isso, algumas regiões fora dos trópicos vão passar a receber menos chuvas – algumas passando por longos períodos sem nenhuma precipitação. Segundo os modelos climáticos analisados, para cada um grau Fahrenheit de aquecimento, a duração dos períodos de seca deve aumentar, globalmente, em 2,6%.

No Hemisfério Norte, as principais áreas a serem atingidas pela seca incluem os desertos e regiões áridas dos Estados Unidos, México, Norte da África, Oriente Médio, Paquistão e Noroeste da China. No Hemisfério Sul, as secas se tornarão mais comuns na África do Sul, no Noroeste da Austrália e Nordeste do Brasil.

Segundos os cientistas da Nasa, os eventos que terão maior impacto na sociedade serão a diminuição nas chuvas moderadas e as secas, uma vez que devem acontecer em regiões habitadas por muitas pessoas. “Ironicamente, as regiões que irão começar a ter maiores quedas de chuva deverão sofrer um impacto menor, pois, excetuando-se as regiões de monções na Ásia, se encontram sobre oceanos”, diz William Lau.

Os pesquisadores basearam sua análise em simulações de períodos de 140 anos realizadas a partir de 14 modelos climáticos. A simulação começa com concentrações de CO2 de cerca de 280 partes por milhão – similar aos níveis pré-industriais e bem abaixo das 400 partes por milhão vistas hoje em dia – e aumentou o valor em 1% ao ano. Essa taxa de crescimento no concentração de CO2 é consistente com a projetada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

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