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Estudo com macacos revela novos desafios no combate à aids

Animais medicados com antirretrovirais dias após a contaminação por vírus semelhante ao HIV manifestaram a infecção meses depois

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h11 - Publicado em 21 jul 2014, 21h17

Uma versão do vírus HIV que afeta macacos, o SIV, demonstrou ser capaz de se esconder dos medicamentos retrovirais, revelou um novo estudo. Se o mesmo padrão se confirmar em humanos, o tratamento pode ter de começar de forma extremamente precoce após a infecção pelo vírus causador da aids, revelaram os cientistas. A pesquisa foi publicada no domingo no periódico Nature.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Rapid seeding of the viral reservoir prior to SIV viraemia in rhesus monkeys​

Onde foi divulgada: periódico Nature

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Quem fez: James B. Whitney, Alison L. Hill, Srisowmya Sanisetty, Pablo Penaloza-MacMaster, Jinyan Liu, Mayuri Shetty, Lily Parenteau, Crystal Cabral, Jennifer Shields, Stephen Blackmore, entre outros

Instituição: Centro Médico Diaconesa Beth Israelr, nos Estados Unidos, e outras

Resultado: Estudo com macacos infectados com SIV mostrou que os “reservatórios virais” podem ser formados muito precocemente

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Um desafio-chave para a cura da infecção por HIV é a presença de “reservatórios virais”: células imunológicas infectadas que podem ficar adormecidas por anos, sem ser afetadas pelo tratamento com antirretrovirais ou pelo sistema imunológico.

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No estudo, macacos receberam medicação antirretroviral três, sete, dez e catorze dias após a infecção por SIV. O tratamento foi suspenso por seis meses, e o vírus se replicou em todos os grupos, ainda que mais lentamente nos macacos tratados mais precocemente.

​”A disseminação surpreendentemente precoce do reservatório viral nos primeiros dias de infecção é séria e traz novos desafios para os esforços de erradicação do HIV”, escreveram os autores do estudo. “Nossos dados sugerem que será necessário iniciar o tratamento com antirretrovirais de maneira extremamente precoce, prolongar sua duração e, provavelmente, adotar intervenções adicionais que ativem o reservatório viral.”

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Os autores do artigo destacaram que suas descobertas ainda precisam ser confirmadas em humanos e que há diferenças importantes entre a infecção por SIV e HIV. No entanto, se nos humanos o vírus também conseguir encontrar reservatórios antes de ser detectado no sangue, pode ser muito difícil iniciar o tratamento com a precocidade necessária, uma vez que o exame de sangue é necessário para diagnosticar a infecção por HIV, explicou a equipe. Não há cura para a aids e os medicamentos antirretrovirais apenas controlam a replicação do vírus, contendo sua disseminação.

A descoberta vem à tona dez dias depois do anúncio de que o HIV foi encontrado em um bebê que parecia curado do vírus. O bebê tomou antirretrovirais 30 horas depois do nascimento e se manteve livre do vírus por 18 meses. Após ficar quase dois anos sem medicação, exames constataram o HIV em seu sangue.

O novo estudo foi publicado durante a 20ª Conferência Internacional sobre Aids, que discute os avanços na prevenção e no tratamento da doença, em Melbourne, na Austrália.

(Com AFP)

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