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Estudante de 16 anos é premiado por aprimorar tratamento contra o câncer

Terapia fototérmica com nanopartículas de ouro fez com que antibiótico fosse capaz de driblar as defesas do tumor, destruindo as células cancerígenas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h21 - Publicado em 9 abr 2013, 19h53

Um estudante de 16 anos de Calgary, no Canadá, foi premiado nesta terça-feira por pesquisas contra o câncer. Arjun Nair, aluno de origem indiana do ensino médio, aprimorou uma terapia fototérmica (usa luz para aquecer) com nanopartículas de ouro para eliminar células cancerígenas (por radiação). Na nova versão do estudante, as células cancerígenas não conseguem se proteger contra o calor emitido pela terapia, o que deixa o tratamento mais eficaz.

Na terapia fototérmica, são injetadas nanopartículas de ouro no paciente. Em seguida, essas partículas se acumulam nas células tumorais e, quando aquecidas por emissão de luz, atacam as células do câncer. No estudo, Nair demonstrou como um antibiótico (17-AAG) é capaz de driblar as defesas do câncer e fazer da terapia um tratamento mais eficaz – um dos principais problemas desse tipo de terapia é exatamente a capacidade das células tumorais de se proteger contra a destruição por calor.

Prêmio – Um total de 208 alunos do ensino médio, com colaboração em 123 projetos, participaram da premiação. Todos foram orientados em laboratórios profissionais por vários meses. Arjun Nair ganhou o primeiro prêmio de 5.000 dólares canadenses (4.910 dólares americanos) por sua descoberta. Ele ainda levou outros 1.000 dólares canadenses (984 dólares americanos) pelo prêmio do projeto com maior potencial comercial. A edição de 2013 do concurso Sanofi BioGENEius Challenge Canada foi julgada por um comitê de pesquisadores reunidos em Ottawa na sede do Conselho Racional de Pesquisas canadense (CNRC, na sigla em inglês) – chefiado por Luis Barreto, ex-vice-presidente da Sanofi Pasteur.

Para chegar aos resultados que o premiaram, Nari passou dois anos pesquisando. Em 2012, conseguiu permissão para usar as instalações de dois laboratórios da Universidade de Calgary, além de receber os conselhos de seus diretores Simon Trudel e David Cramb, condições excepcionais para um aluno do ensino médio. Ele conseguiu ainda fazer testes para demonstrar a viabilidade da terapia. Um modelo matemático também foi desenvolvido para avaliar os dois tratamentos no plano teórico.

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Segundo Vladmir Cordeiro de Lima, oncologista do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, embora o antibiótico usado pelo estudante já seja objeto de pesquisas há alguns anos – sem resultados satisfatórios, conceitualmente, a pesquisa com terapia fototérmica “é bem interessante.” Lima ressalta, porém, que do ponto de vista prático, no entanto, “ela é bem restrita e talvez possa servir para tratar apenas as lesões localizadas e superficiais.”

(Com agência France-Presse)

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