Especialistas cobram mais ‘ciência’ na Rio +20
Pesquisadores querem participar mais da formulação de metas durante a conferência no Brasil e mais fundos para pesquisas e educação
Pesquisadores do clima publicaram um documento nesta quinta-feira cobrando maior participação na formulação das metas e indicadores durante a Rio +20, a conferência das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável que ocorre em junho, no Rio de Janeiro. A declaração foi divulgada ao fim da conferência Planet Under Pressure (Planeta Sob Pressão), que começou na segunda-feira e terminou nesta quinta-feira, em Londres.
O encontro reuniu 3.000 cientistas, economistas, empresários e políticos numa espécie de prévia da Rio +20. A conferência da ONU ocorre 20 anos depois da Rio-92, que criou metas para preservação das espécies e cortes na emissão de gases que aceleram o efeito estufa.
O documento divulgado hoje afirma que o planeta passa por desafios sem precedentes, como a falta de água, poluição, desaparecimento de espécies e a crescente demanda por comida. A publicação recebeu o aval de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU. “O momento para publicação do documento não poderia ser mais oportuno”, escreveu Ki-moon.
Nova soluções – A carta pede um acordo para o direcionamento de políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à preservação das espécies. “Precisamos ligar a pesquisa científica de alta qualidade aos novos esforços políticos para sustentabilidade global”, escreveram. Para tanto, é necessário que “os países se comprometam a garantir fundos para apoiar a ciência e a educação em escala global, particularmente em países em desenvolvimento.”
Rio +20 – O documento também dedicou um trecho para fazer recomendações à conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. “A comunidade científica precisa estar envolvida na formulação das metas e indicadores”, escreveram.