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Equipe da Rosetta determina local de pouso em cometa

Superfície acidentada e formato irregular do corpo celeste provocam dúvidas sobre o sucesso da missão

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 15 set 2014, 17h25

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) escolheu o local para a primeira tentativa de pouso de uma sonda espacial em um cometa. A sonda Rosetta vai enviar o robô Philae à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 11 de novembro. Das cinco opções para pouso identificadas pela equipe, foram selecionadas duas – uma principal e um “plano B”. A opção principal fica na “cabeça”, isto é, a parte menor do cometa, que parece ser composto por dois corpos interligados. O formato irregular do corpo celeste é um dos fatores que diminui as chances de sucesso da missão. O local escolhido para o pouso é repleto de declives e irregularidades, com grandes rochas espalhadas pela superfície – e a segunda opção é ainda pior.

Por que Rosetta?

A sonda foi batizada em homenagem à Pedra de Roseta, uma rocha vulcânica descoberta por soldados franceses em 1799, no Egito. Ela ajudou a desvendar o Egito Antigo para os exploradores, por possuir escritos em hieróglifos – linguagem egípcia escrita, que até então era desconhecida – e sua tradução em grego. A comparação entre os escritos permitiu que os pesquisadores decifrassem os códigos da civilização egípcia – assim como os cientistas esperam que a sonda Rosetta desvende as peças mais antigas do Sistema Solar, os cometas.

Nenhum dos locais cumpre todos os critérios que a ESA havia determinado, mas, na falta de alternativa, foram escolhidos por unanimidade pelos cientistas da missão. “Originalmente nós pensávamos que chegaríamos a um cometa arredondado, com forma de batata”, disse Fred Jansen, diretor da missão, ao The Guardian. Esperando uma forma mais simples para o corpo celeste, os pesquisadores calculavam que as chances de um pouso bem-sucedido eram de 70 a 75%. Porém, a forma irregular do 67P torna a operação mais delicada, e uma nova análise de riscos ainda não foi concluída.

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Caso as próximas observações revelem novas ameaças no local escolhido para o pouso, a equipe vai mudar para a segunda opção. Nesse caso, a operação será atrasada em até 28 dias. O ideal é que o pouso ocorra na primeira quinzena de novembro, quando o cometa se aproxima do Sol e se torna mais ativo. Ele já começou a liberar gás e poeira, vindo principalmente da região que une as duas partes. Com o aumento da atividade, elas podem vir a se separar.

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Dez anos de Rosetta – Lançada em 2 de março de 2004, a bordo do foguete Ariane 5, do Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, Rosetta tem previsão de funcionar até 31 de dezembro de 2015. Após seu lançamento, a missão, que tem um custo estimado em 1 bilhão de euros (cerca de 3 bilhões de reais), realizou três voltas ao redor da Terra, para ganhar impulso, e uma ao redor de Marte. Rosetta também foi o primeiro objeto a se aproximar de Júpiter, usando seus painéis solares como principal fonte de energia.

Em 20 de janeiro, Rosetta foi reativada, depois de 957 dias “hibernando” no espaço. Com a entrada na órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko, nesta quarta-feira, Rosetta vai acompanhar o cometa em sua viagem em direção ao Sol, para monitorar as mudanças que acontecerão no corpo celeste durante este trajeto, até que ele atinja o ponto mais próximo à estrela. Por serem “sobras” da formação do nosso Sistema Solar, a composição dos cometas pode dar pistas importantes sobre o surgimento da vida na Terra e a evolução do Universo.

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