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Encontrado fóssil raro de rinoceronte em rochas vulcânicas

Animal morreu durante uma erupção vulcânica há 9,2 milhões de anos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h25 - Publicado em 23 nov 2012, 12h38

Normalmente, o enorme poder destrutivo dos vulcões varre grande parte da matéria orgânica a sua volta. Por conta disso, menos de 2% dos fósseis conhecidos foram descobertos em meio a rochas vulcânicas. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista PLOS ONE descreve mais um fóssil desse tipo: o crânio de um rinoceronte que morreu durante uma erupção vulcânica há 9,2 milhões de anos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: A Rhinocerotid Skull Cooked-to-Death in a 9.2 Ma-Old Ignimbrite Flow of Turkey

Onde foi divulgada: revista PLOS ONE

Quem fez: Pierre-Olivier Antoine, Maeva J. Orliac, Gokhan Atici, Inan Ulusoy e Erdal Sen

Instituição: Universidade de Montpellier, na França

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Dados de amostragem: Um crânio de rinoceronte, encontrado em meio a rochas vulcânicas

Resultado: Os pesquisadores descobriram que o crânio pertenceu a um animal da espécie Ceratotherium neumayri, que morreu há 9,2 milhões de anos em meio a uma erupção vulcânica.

O fóssil foi encontrado na região da Capadócia, na Turquia, por uma equipe de vulcanólogos turcos, em junho de 2010. Segundo pesquisadores da Universidade de Montpellier, na França, ele pertence a uma espécie de rinoceronte de dois chifres, conhecida como Ceratotherium neumayri. Acredita-se que essa espécie tenha habitado a região mediterrânea durante o final do Mioceno (período entre 23,8 milhões e 5,3 milhões de anos atrás).

Após analisar o crânio, os pesquisadores descobriram que o animal tinha entre 10 e 15 anos quando morreu, sendo considerado um jovem adulto da linhagem dos atuais rinocerontes brancos e negros que habitam a África.

A partir dos dados obtidos pela análise do fóssil e das rochas ao seu redor, os cientistas conseguiram reconstituir as circunstâncias de sua morte. O rinoceronte teria morrido imediatamente após ser atingido pelos gases e rochas lançados pelo vulcão. Seu corpo “cozinhou” em meio ao material vulcânico a temperaturas que podem ter chegado a 500 graus Celsius. A força da erupção vulcânica desmembrou o rinoceronte, separando corpo da cabeça. O crânio foi arrastado 30 quilômetros em direção ao norte, e coberto por cinzas vulcânicas. Foi ali que, mais de nove milhões de anos depois, ele foi descoberto pelos pesquisadores.

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Onde o fóssil foi encontrado

Os pesquisadores encontraram o crânio do rinoceronte em meio a rochas vulcânicas próximas à província de Karacasar, na região da Capadócia, na Anatólia Central, Turquia

Ceratotherium neumayri ()

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