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Decifrada a única inscrição em árabe das Cruzadas

A placa de mármore cinza, datada do século XIII, leva o nome do imperador do Sacro Império Romano-Germânico Frederico II, que liderou a Sexta Cruzada

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h54 - Publicado em 14 nov 2011, 16h13

A única inscrição em língua árabe das Cruzadas, descoberta num domicílio privado em Tel Aviv há alguns anos, foi finalmente decifrada, informou nesta segunda-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel.

A placa de mármore cinza, datada do século XIII, leva o nome do imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Frederico II. Ele foi o líder da Sexta Cruzada (1228-1229) e se auto-intitulou rei de Jerusalém no Santo Sepulcro, onde Jesus Cristo foi crucificado, conforme a tradição cristã.

Os monarcas que se lançaram em conquista da Terra Santa usavam o francês para se comunicar e o latim como registro culto e para as inscrições. O latim era geralmente usado nas placas das fortalezas e templos construídos pelos reis no período entre sua chegada às muralhas de Jerusalém, em 1099, até o fim das Cruzadas, em 1271.

Diferente – “Frederico II (1194-1250), no entanto, foi um monarca diferente, que tomou parte da Terra Santa sem derramamento de sangue, falava árabe com fluência e encheu sua corte de muçulmanos”, explica um dos responsáveis pela descoberta, Moshé Sharon.

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Antes de receber as chaves de Jerusalém das mãos do sultão egípcio al-Kamil, após a assinatura de um breve armistício assinado em 1229, o imperador mandou fortificar o castelo de Yafa, localidade litorânea que se localiza atualmente na mais importante via marítima de acesso à Tel Aviv.

“Frederico II mandou colocar nos muros do castelo duas inscrições com o mesmo texto: uma em latim e outra em árabe, em sintonia com sua proximidade dessa cultura”, afirma Sharon, que é especialista em epigrafia árabe e historiador do Islã na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Um dos trechos dá a data exata da inscrição, ‘1229 da encarnação de nosso senhor Jesus, o Messias’, e enumera os títulos do imperador, que foi excomungado pelo papa Gregório IX.

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Já a placa em latim, que já no século XIX tinha sido atribuída ao imperador, encontra-se na Sicília, no palácio onde viveu Frederico. Não se sabia, porém, da existência da inscrição em árabe, peça que tinha sido achada há alguns anos numa casa em Tel Aviv.

Só na semana passada, no entanto, os especialistas conseguiram decifrar seu significado completamente. O árabe mudou muito pouco daquela época até hoje, mas a legibilidade da placa estava muito comprometida.

(Com Agência EFE)

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