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De olho em viagem a Marte, Nasa lança missão com astronautas gêmeos

A partir desta sexta-feira, cientistas da agência vão comparar os efeitos na longa permanência no espaço em humanos; para efeito de comparação, irmão gêmeo de um dos astronautas será monitorado na Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h05 - Publicado em 27 mar 2015, 14h33

Uma missão espacial inédita terá início a partir desta sexta-feira, quando o astronauta americano Scott Kelly e o cosmonauta russo Mickail Kornienko forem enviados à Estação Espacial Internacional (ISS). A dupla passará quase um ano a bordo da estação, o dobro do que a maioria dos astronautas permanece por lá. Nunca um humano viveu tanto tempo seguido na ISS.

Por 342 dias, Kelly e Kornienko serão submetidos a estudos para saber como o corpo humano reage e se adapta, física e mentalmente, a tanto tempo no ambiente espacial. O objetivo dos cientistas é usar as informações para tentar reduzir os riscos de missões espaciais longas a um asteroide e a Marte.

A parte mais curiosa da missão é que ela inclui, na Terra, o irmão gêmeo idêntico de Scott Kelly, o astronauta aposentado Mark. Como os irmãos têm o mesmo material genético, a Nasa, responsável pela missão, poderá comparar os dados genômicos, psicológicos e moleculares de Scott com os de Mark. As diferenças podem revelar como o organismo lida com ambientes extremos.

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Há décadas a Nasa e a Roscosmos, agência espacial russa, estudam os efeitos do espaço sobre o corpo humano. O estudo com os gêmeos idênticos é, entretanto, o primeiro da era genômica. “Esta pesquisa representa o perfil molecular mais abrangente já feito em humanos”, disse à revista Nature Christopher Mason, geneticista da Faculdade de Medicina Weill Cornell, nos Estados Unidos. “E ainda foi feito em gêmeos.”

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Antes, durante e depois da missão no espaço, os irmãos Kelly serão submetidos a testes físicos e cognitivos. “A gravidade zero, a radiação, o isolamento e o confinamento são alguns dos fatores que podem afetar um viajante especial”, diz o cientista da Nasa Craig Kundrot. Mark participará de seis experimentos, e Scott, de onze, para avaliar fatores como a redistribuição dos fluidos corporais na microgravidade e as alterações nas células sanguíneas e no sistema imune.

Longa duração – Não é a primeira vez que um humano fica tanto tempo em órbita. Em 1986 e 1995, cosmonautas russos passaram mais de um ano a bordo da antiga estação espacial MIR. “Mas eles não fizeram [na época] tantas pesquisas como fazemos hoje”, disse Daniel Huot, relações públicas da Nasa, ao site Mic. “Os dois lá em cima vão participar de centenas de experimentos diferentes.”

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(Da redação)

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