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Crianças são mais generosas quando observadas

Quando há influência de outras pessoas ou da transparência de suas ações, meninos e meninas de cinco anos tendem a ser mais generosos socialmente

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h25 - Publicado em 2 nov 2012, 12h17

Crianças tendem a ser mais generosas quando sabem que estão sendo observadas. Um artigo publicado na edição desta semana da revista científica PLoS ONE aponta que a capacidade de reconhecer benefícios sociais de uma ação generosa não é exclusividade dos adultos. Segundo a pesquisa, crianças com cinco anos de idade já têm discernimento para tentar ganhar prestígio e inflar sua reputação na sociedade na qual vivem. Isso tende a acontecer, no entanto, apenas quando elas sabem que estão sendo observadas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Young Children Are More Generous When Others Are Aware of Their Actions

Onde foi divulgada: revista PLOS ONE

Quem fez: Kristin L. Leimgruber, Alex Shaw, Laurie R. Santos, Kristina R. Olson

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Instituição: Universidade de Yale

Dados de amostragem: 64 crianças, entre meninos e meninas, de cinco anos de idade

Resultado: Crianças de cinco anos de idade já conseguem usar estratégias de socialização. Em condições onde há influência de um público visível ou pela transparência de suas ações, elas tendem a ser mais generosas.

Conduzido por membros do departamento de Psicologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o estudo reuniu 64 crianças de cinco anos, que moravam na Nova Inglaterra, Estados Unidos. Essas crianças foram divididas em dois grupos principais: os atores e os recipientes. Aos atores cabia a decisão de dar um ou quatro adesivos a um colega do grupo recipiente – cada ator recebia cinco adesivos. Se o participante optasse por dar ao amigo apenas um adesivo, a atitude era considerada pouco generosa e antissocial. Se optasse por quatro adesivos, o gesto era considerado sociável e generoso.

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A entrega de adesivos ocorreu em dois cenários. No primeiro, os dois grupos poderiam ou não estar separados por uma espécie de vidro fosco, o que definia se a criança com os adesivos seria ou não identificada pelo colega. Num segundo cenário, havia diferentes tipos de urnas, que podiam ser transparentes ou opacas e, portanto, indicavam que a criança receptora podia ver quantos adesivos estava ganhando.

De acordo com os pesquisadores, os resultados apontam para um quadro de pouca generosidade. “No geral, as crianças apresentaram comportamento sociável (entregaram quatro adesivos) apenas quando o conteúdo dos recipientes e o rosto dos receptores eram perfeitamente visíveis. Em todas as outras condições, elas foram estatisticamente pouco generosas, entregando aos receptores a menor quantidade de adesivos.”

Para Kristin Leimgruber, uma das coordenadoras do estudo, as conclusões mostram que crianças usam mais “estratégias de socialização” do que se imaginava. “A tendência de doar alguma coisa entre as crianças parece estar relacionada com informação que outros têm sobre suas ações. Tanto para crianças como para adultos, quanto mais outras pessoas sabem sobre suas ações, maior a probabilidade de eles agirem generosamente”, diz.

Os autores acreditam que as decisões das crianças são sensíveis a fatores externos, como audiência e transparência de informação, mesmo anos antes de elas entenderem o conceito de reputação. Evidências atuais mostram que as crianças não entendem questões como autopromoção de uma reputação até a idade de oito anos. “Mas o nosso estudo mostra que aos cinco anos o comportamento delas já está de acordo com padrões de sociabilidade que respondem à audiência e à transparência de informações.”

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