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Cratera no polo sul da Lua pode conter depósitos de gelo

Estudo feito por pesquisadores do MIT com dados de sonda da Nasa indica que o gelo pode compor até 22% da superfície da cratera

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h32 - Publicado em 21 jun 2012, 14h15

A superfície da cratera Shackleton, próxima ao polo sul da Lua, pode ser composta por até 22% de gelo. A hipótese de uma equipe de pesquisadores americanos, divulgada nesta quarta-feira a revista Nature, é baseada na observação do brilho das paredes e do solo da formação rochosa.

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CRATERA SHACKLETON

Localizada nas proximidades do polo sul da Lua, a cratera Shackleton, batizada em homenagem ao explorador da Antártida Ernest Shackleton (1874-1922), é considerada pela Nasa uma candidata a funcionar como base lunar no futuro, caso seja confirmada a presença de gelo.

O interior da cratera Shackleton quase não recebe raios solares e sua temperatura é muito baixa, características que chamaram a atenção dos pesquisadores, pois permitem a existência de água congelada em sua parte mais profunda.

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Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), liderados pela geofísica Maria Zuber, observaram as diferentes partes da cratera a partir de imagens obtidas pela sonda Lunar Reconnaissence Orbiter e elaboraram duas teorias que poderiam explicar o grande brilho que emitem, maior nas paredes do que no solo.

“Descobrimos que o interior da cratera é mais brilhante do que em qualquer outro ponto do polo sul da Lua, e que suas paredes brilham mais ainda do que o solo”, declarou Maria Zuber, autora do artigo.

O vídeo abaixo traz imagens feitas pela sonda Lunar Reconnaissence Orbiter:

Duas teorias foram propostas para explicar este brilho: o deslizamento de escombros lunares pelas paredes da cratera, que deixariam descoberto o novo material mais brilhante, e a presença de gelo no solo de Shackleton. Segundo Maria, o gelo poderia cobrir uma parte do solo do interior da cratera.

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“A análise das ladeiras e da rugosidade da cratera indica que provavelmente as paredes são brilhantes por causa do material que desliza por elas. O solo, por sua vez, possivelmente pode conter até 20% de água”, estimou a pesquisadora.

A equipe de Maria Zuber elaborou um conjunto de mapas que reconstroem com grande detalhe o relevo, as ladeiras, a rugosidade e o brilho das diversas partes da cratera.

O estudo revelou também que a Shackleton, de 19 quilômetros de diâmetro, está em estado ‘excepcionalmente bom’, apesar de seus mais de 3 bilhões de anos. O solo de seu interior, situado a 3 quilômetros de profundidade, ‘é muito irregular, com montes de até 200 metros’ formados por um material que provavelmente foi levado até a Lua pelo meteorito que formou a cratera.

“Às vezes pensamos na Lua como um local morto, sem atividade geológica, mas nossas descobertas mostram que no Polo Sul aconteceu um grande transporte de massa causado pelo impacto de meteoritos próximos”, acrescentou Maria.

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(Com Agência EFE)

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