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COP 10 avança na preservação das espécies, mas esbarra no dinheiro

Foram aprovadas medidas que visam reduzir pela metade a perda de habitats naturais

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h12 - Publicado em 29 out 2010, 19h05

As novas medidas adotadas pretendem expandir as reservas naturais do planeta para 17% até 2020, em contrapartida aos 10% de hoje.

Não houve especificação de quanto dinheiro terá que ser disponibilizado para que os objetivos sejam alcançados para salvar os habitats e espécies

A Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Biodiversidade (COP 10), que terminou nesta sexta-feira em Nagoia, no Japão, deixou pelo menos uma boa notícia. Ministros do meio ambiente de quase 200 países concordaram em tentar frear o que já é considerada a maior extinção em massa na Terra desde o desaparecimento dos dinossauros. Um levantamento feito pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), apontou que um quinto dos vertebrados do planeta estão ameaçados de extinção, comprometendo a biodiversidade.

As novas medidas adotadas, chamadas de Objetivos Aichi, pretendem expandir as reservas naturais do planeta para 17% até 2020, em contrapartida aos 10% de hoje. O acordo também prevê a ampliação para 10% das zonas marinhas protegidas em todo mundo – apenas 1% é protegido atualmente.

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Outro tratado firmado durante a COP 10 foi o Protocolo de Nagoia, que administrará o dinheiro gerado pelos recursos genéticos mundiais e o distribuirá com países em desenvolvimento e comunidades indígenas.

Todos os signatários do tratado concordaram em desenvolver planos nacionais de biodiversidade. Juntas, as ações voluntárias devem conter os abusos cometidos na pesca, reduzir a poluição, minimizar a pressão aos recifes de corais e conter a perda e diversidade genética em ecossistemas agriculturais.

Conhecimento – O tratado prevê que os países participantes sigam regras no modo como cooperam no acesso e compartilhamento dos benefícios advindos de recursos genéticos – incluindo plantas, fungos e patógenos. O acordo é fruto de 18 anos de negociações entre governos e resolveu questões de mercado, saúde, medicina e ciência tradicionais e empresas farmacêuticas contra comunidades indígenas.

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O Protocolo de Nagoia prevê que os governos encontrem formas de recompensar pelo material genético e conhecimento medicinal adquirido no passado e que está sendo usado, patenteado e vendido agora. A solução deverá vir por meio de um fundo para as nações em desenvolvimento que poderá ser usado para a conservação dos centros de pesquisa científica.

Dinheiro – Apesar de ter conseguido avanços importantes, a conferência empacou na questão financeira. Não houve especificação de quanto dinheiro terá que ser disponibilizado para que os objetivos sejam alcançados para salvar os habitats e espécies. Em vez disso, os representantes dos países decidiram adiar o esboço do fundo para 2012.

O Japão, anfitrião da conferência, ofereceu 2 bilhões de dólares para a biodiversidade, enquanto França e Inglaterra ofereceram quantias menores para projetos similares. Os valores ainda estão longe das centenas de bilhões de dólares necessários para que as promessas mais ambiciosas sejam cumpridas.

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