Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Conheça as três novas espécies de ‘sapos em miniatura’ do Brasil

Os anfíbios, que medem de 1 a 2,5 centímetros, foram encontrados entre as cidades de Garuva e Blumenau, em Santa Catarina. Apesar de serem venenosos, não oferecem risco para os humanos

Por Gabriela Neri
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h00 - Publicado em 4 dez 2015, 09h50

Uma equipe de cientistas brasileiros e argentinos descobriu três novas espécies de sapos pequenos e venenosos em regiões montanhosas do Estado de Santa Catarina. Segundo os pesquisadores, a descoberta é importante, pois mostra que essa região funciona como uma “fonte” de espécies, lugar onde surgem os animais, e sua preservação é imprescindível para manter a biodiversidade do país.

O estudo foi publicado nesta quarta-feira (2) pelo periódico científico Plos One. Os sapinhos, que medem de 1 a 2,5 centímetros, foram localizados entre as cidades de Garuva e Blumenau, em uma região da Mata Atlântica que possui morros e vales úmidos, considerada uma verdadeira incubadora biológica e foco de intensa atividade de pesquisa científica.

Leia também:

À beira da extinção, ave saíra apunhalada tem rara chance de se recuperar na natureza

Como a análise genética descobriu uma nova tartaruga em Galápagos

‘Sapos em miniatura’ – Os sapos descobertos são de cor marrom, com marcas vermelhas nas patas e cobertos por verrugas. Alimentam-se de formigas e ácaros e, durante o processo de absorção, liberam substâncias químicas que se acumulam na pele e os tornam venenosos para seus predadores, como as serpentes.

Continua após a publicidade

De acordo com os pesquisadores, as espécies Melanophryniscus milanoi, Melanophryniscus xanthostomus e Melanophryniscus biancae não são perigosas para os humanos. O Melanophryniscus biancae, apesar de recém-descoberto, já pode ser considerado em risco de extinção devido ao estreito território que ocupa. Apesar da importância da Mata Atlântica, apenas 8% de sua área está preservada.

“Esse estudo consolida o entendimento de que o topo das montanhas da Mata Atlântica do Sul do Brasil abriga espécies únicas e endêmicas, ou seja, com distribuições muito restritas, funcionando como ‘ilhas’ onde as populações se diferenciaram pelo isolamento geográfico”, contou Marcos Bornschein, pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos autores da pesquisa científica.

Essas espécies têm menos de um milhão de anos, o que as torna recentes em termos de evolução biológica. Em junho, outros “sapos em miniatura” haviam sido descobertos na Mata Atlântica, mostrando que a região é fértil em espécies ainda desconhecidas pelos pesquisadores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.