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Conchas e esqueletos de animais marinhos estão ficando mais leves nos polos

Resultado da acidez nos oceanos está afetando crescimento de animais em águas geladas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h29 - Publicado em 6 ago 2012, 11h55

O processo de acidificação dos oceanos, que ocorre pela dissolução do dióxido de carbono da atmosfera nos mares, está afetando o crescimento de conchas, moluscos e outros organismos marinhos, de acordo com uma pesquisa publicada no periódico Global Change Biology.

Os pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) e do National Oceanography Centre (NOC), ao lado de colegas da James Austrália Cook e das universidades de Melbourne e de Cingapura, investigaram a variação natural na espessura da casca e tamanho do esqueleto em quatro tipos de criaturas marinhas: moluscos, caracóis do mar, conchas e ouriços do mar. Eles retiraram amostras de 12 ambientes diferentes, dos trópicos às regiões polares. O objetivo era verificar as semelhanças e diferenças entre as espécies, e fazer previsões sobre como estes animais poderiam responder à crescente acidez dos oceanos.

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Os resultados sugerem que o aumento da acidez afeta o tamanho e o peso de conchas e esqueletos, e a tendência é generalizada entre as espécies marinhas. Estes animais são uma fonte importante de alimento para predadores como as aves marinhas tropicais, e um ingrediente valioso para a produção de alimentos humanos.

De acordo com os pesquisadores, o esforço exigido por mariscos, caracóis do mar e outros animais para extrair o carbonato de cálcio da água e construir suas conchas e esqueletos varia de lugar para lugar nos oceanos do mundo. Inúmeros fatores, incluindo a temperatura e pressão, interferem no processo. Mas a acidificação dos oceanos está tornando o carbonato de cálcio mais escasso e, assim, os animais estão desenvolvendo esqueletos e conchas mais leves – ou seja, com menos matéria prima.

De acordo com o professor Lloyd Peck, do British Antarctic Survey, este efeito tem sido mais forte em baixas temperaturas. “Os resultados mostraram que as espécies polares têm o esqueleto menor e mais leve. Isso poderá deixa-los em risco nas próximas décadas, já que o ambiente exige que os animais tenham esqueletos fortes, para protegê-los do impacto do gelo flutuante”, falou.

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