Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas usam DNA sintético para acelerar produção de vacinas de gripe

A partir de informações sobre a sequência genética do vírus, vacina foi produzida em uma semana

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h20 - Publicado em 16 Maio 2013, 19h25

Vacinas chegaram perto de erradicar a poliomielite e a varíola. Mas contra algumas doenças, como a gripe, a estratégia não tem sido tão efetiva. Isso se deve em grande parte à demora na produção de novas vacinas para os diferentes tipos de vírus da gripe, que sofrem mutações e eventualmente trocam de hospedeiros.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Synthetic Generation of Influenza Vaccine Viruses for Rapid Response to Pandemics

Onde foi divulgada: periódico Science Translational Medicine

Quem fez: Philip R. Dormitzer, Pirada Suphaphiphat, Daniel G. Gibson, David E. Wentworth, Timothy B. Stockwell, Mikkel A. Algire, Bin Zhou e J. Craig Venter

Instituição: Instituto J. Craig Venter, em Rockville, nos EUA

Continua após a publicidade

Resultado: Os pesquisadores conseguiram desenvolver um vírus para uma vacina da gripe em apenas uma semana, a partir de informações sobre parte do código genético de um vírus. Eles utilizaram enzimas para sintetizar DNA de forma a reproduzir a sequência do vírus. Esse material genético foi colocado dentro de células, que produziram a vacina. Testada em furões, a vacina provocou a reação imune esperada.

Todos os anos são feitas novas vacinas para a gripe, num processo longo que inclui isolar e clonar o vírus. Pensando em acelerar a confecção das vacinas, pesquisadores da farmacêutica Novartis e do Instituto J. Craig Venter, em Rockville, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica. Ela consiste em sintetizar DNA com base em informações sobre a sequência genética do vírus que podem ser transmitidas pela internet. A partir do DNA sintético, os pesquisadores podem produzir a vacina em pouco tempo.

Produção acelerada – No estudo, os pesquisadores receberam de uma agência de pesquisa governamental informações sobre parte do código genético de um vírus da gripe que eles não conheciam – tratava-se de um tipo do vírus H7N9, da gripe aviária. Com base nesses dados, eles conseguiram desenvolver uma vacina para o vírus em apenas uma semana.

Os pesquisadores enviaram a vacina para o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que confirmou que as partes principais do vírus necessárias para provocar uma resposta imune presentes na vacina eram iguais às do vírus “real”. A vacina foi testada em furões, que são utilizados como modelos para a gripe humana, e provocou a reação imune esperada.

De acordo com os autores, apesar de ser uma tecnologia promissora, a técnica ainda precisa ser mais estudada antes de ser tornar viável para um uso em grande escala.

Continua após a publicidade

Leia também:

Pai do Projeto Genoma, Craig Venter agora quer imprimir vacinas em casa

Vacina experimental contra gripe é mais rápida e eficiente

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.