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Cientistas usam bactéria do intestino em ‘chip biológico’

Técnica pode pavimentar caminho para a construção de microssensores capazes de monitorar a saúde e a poluição atmosférica

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h57 - Publicado em 18 out 2011, 10h39

Cientistas britânicos conseguiram construir os componentes básicos de um computador a partir de bactérias encontradas em seres humanos. Outras pesquisas já haviam mostrado que era possível construir um ‘chip biológico’, mas é a primeira vez que pesquisadores conseguem fazê-lo se comportar de maneira muito semelhante ao equivalente eletrônico. A pesquisa poderá pavimentar o caminho para uma nova geração de computadores biológicos que podem ajudar a monitorar a saúde e o ambiente. O estudo foi publicado no periódico Nature Communications.

Os especialistas da Imperial College London, na Inglaterra, demonstraram que é possível construir circuitos lógicos – usados para processar informações nos microprocessadores, por exemplo – a partir da Escherichia coli (E. coli), uma bactéria encontrada no intestino humano.

Biocomputador – A equipe de cientistas alterou o material genético da bactéria para que ela alternasse, quando estimulada quimicamente, entre estados equivalentes aos dos circuitos lógicos tradicionais: ‘ligado’ e ‘desligado’. É assim que a maioria dos computadores processa informação digital. Contudo, em vez de bactérias e estímulos químicos, os engenheiros usam placas de silício e eletricidade.

“Agora que demonstramos que é possível replicar o sistema usando bactérias e DNA, esperamos que nosso trabalho possa levar a uma nova geração de processadores biológicos”, disse Richard Kitney, coautor do artigo. Em tese, os novos circuitos podem ser tão eficientes quanto os equivalentes eletrônicos.

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Aplicações – O resultado obtido ainda está longe de chegar ao mercado, mas a equipe já sugere aplicações para computadores biológicos microscópicos. Entre os exemplos citados, estão sensores capazes de navegar pelas artérias, detectar a formação de um coágulo e rapidamente medicar a região afetada. Outras aplicações incluem sensores que detectam e destroem células cancerígenas ou monitores de poluição que podem ser lançados ao ambiente, detectando e neutralizando substâncias perigosas, como o arsênio.

Os especialistas também mostraram que os circuitos biológicos podem ser conectados entre si, formando componentes ainda mais elaborados. A próxima fase da pesquisa cuidará do desenvolvimento desses circuitos conectados, para permitir a realização de tarefas mais complexas.

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