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Cientistas encontram indícios de matéria escura no espaço

Dados coletados pelo Espectrômetro Magnético Alfa (AMS), instrumento utilizado para medir radiações cósmicas, podem indicar os primeiros sinais da existência de matéria negra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h21 - Publicado em 3 abr 2013, 19h40

Os primeiros resultados fornecidos pelo Espectrômetro Magnético Alfa (AMS, na sigla em inglês), um instrumento científico que gira em torno da Terra a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), forneceram o que podem ser as primeiras evidências da existência da misteriosa matéria escura.

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MATÉRIA ESCURA

É invisível no espaço, pois não emite nem espalha luz ou radiação eletromagnética, mas a ciência infere sua existência pelo modo como a matéria visível se comporta no vácuo espacial.

Quando os cientistas observam a forma com que estrelas e as galáxias se movem, há algo inusitado. Segundo as leis da física, as estrelas, planetas e corpos de uma galáxia deveriam se movimentar mais lentamente à medida em que se afastam do centro dela. Mas isso não acontece na prática.

Para que as equações da física façam sentido, é preciso que exista alguma força empurrando o amontoado de poeira, gás, estrelas e planetas da periferia das galáxias em velocidades semelhantes a de corpos que estão mais próximos do núcleo. Essa força adicional é a matéria escura.

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ESPECTRÔMETRO MAGNÉTICO ALFA (AMS)

O AMS é um instrumento utilizado para medir a energia e velocidade de partículas no espaço, fenômeno conhecido como radiação cósmica. Ele é operado por uma equipe que reúne 16 países e está em órbita desde 2011, quando foi levado até a ISS pelo ônibus espacial Endeavour.

Correspondendo a cerca de um quarto do universo, a matéria escura não foi até o momento detectada diretamente, mas observada indiretamente através de sua interação com a matéria visível. As galáxias, por exemplo, não poderiam se movimentar da forma que o fazem e ter o formato que apresentam sem a existência dessa matéria.

Os dados coletados pelo AMS, o instrumento de física de partículas mais sensível já enviado ao espaço, parecem fornecer evidências de um novo fenômeno físico: uma abundância inexplicável de partículas de alta carga energética – no caso, elétrons e seus correspondentes da antimatéria, os pósitrons.

De acordo com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), dos 25 bilhões de eventos de raios cósmicos que o AMS estudou, um número muito alto, 6,8 bilhões, foi identificado como elétrons e pósitrons.

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Os pesquisadores sugerem que a colisão de partículas de matéria escura, conhecida como “aniquilamento”, pode ter provocado esse fenômeno.

“Nos próximos meses, o AMS será capaz de nos dizer conclusivamente se estes pósitrons são um sinal da matéria escura, ou se têm outra origem”, afirmou o porta-voz do AMS, Samuel Ting, em comunicado. Este é o primeiro de muitos relatórios que são esperados do AMS.

Os primeiros indícios do excesso de antimatéria no fluxo de raios cósmicos foram observados há duas décadas, mas sua origem continua sendo um mistério.

(Com Agência France-Presse)

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