Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas desvendam a ‘dança’ das abelhas

Descobertas podem ajudar na preservação desses insetos e de outros polinizadores

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 3 abr 2014, 18h00

Pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, passaram dois anos estudando a dança que as abelhas fazem quando voltam de sua busca por alimentos, para mostrar às demais como chegar ao local onde as melhores flores foram encontradas, e descobriram que podem ajudar na preservação tanto das abelhas quanto de outros insetos polinizadores. O estudo foi realizado com abelhas melíferas (Apis mellifera) que habitam colmeias instaladas no campus da universidade, com a frente feita em vidro, para facilitar a observação.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Waggle Dance Distances as Integrative Indicators of Seasonal Foraging Challenges

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Margaret J. Couvillon, Roger Schürch e Francis L. W. Ratnieks

Continua após a publicidade

Instituição: Universidade de Sussex, no Reino Unido

Resultado: Os pesquisadores estudaram o significado da dança que as abelhas fazem para contar às outras onde encontraram alimentos e descobriram que o verão é o período mais trabalhoso para a alimentação.

Durante a dança, as abelhas agitam o abdômen e se movem fazendo um oito repetidamente. Esse processo indica para as demais a distância até as flores encontradas e a sua direção a partir da colmeia. De acordo com os pesquisadores, um movimento de abdômen de 1 segundo de duração corresponde a cerca de 750 metros de área percorrida pelo inseto em busca de alimento. Os cientistas calcularam a distância percorrida por essas abelhas mês a mês, e descobriram que a área coberta é 22 vezes maior no verão do que na primavera e seis vezes maior do que no outono – o inverno não foi considerado, porque nesta época as abelhas praticamente não saem da colmeia.

Essa diferença ocorre porque, na primavera, as flores são naturalmente mais abundantes, enquanto no outono floresce um gênero de plantas comumente conhecido como heras. No verão, porém, as flores são mais escassas, principalmente em virtude da intensificação da agricultura – que diminui a quantidade de flores selvagens no campo.

Leia também:

As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante

Aplicativo brasileiro vai monitorar o desaparecimento das abelhas

Desaparecimento – Apesar de as abelhas serem essenciais para a produção de alimentos, sua população tem diminuído de forma alarmante. Nos últimos oito anos, apicultores ao redor do mundo têm percebido esse fenômeno, denominado síndrome do colapso da colônia. Entre os motivos que já foram apontados para explicar o declínio das populações estão a ação de vírus, fungos, bactérias e o uso de pesticidas.

Para os pesquisadores, os resultados do estudo poderão aperfeiçoar os esforços de proteger as abelhas. “Os insetos estão nos dizendo onde procuram alimento, então agora podemos entender como ajudá-las, plantando mais flores para elas no verão”, afirma Frances Ratnieks, professor de apicultura na Universidade de Sussex e um dos autores do estudo. Segundo ele, a descoberta vai beneficiar outros polinizadores também, como as abelhas mamangava, comuns no Brasil. “Observamos uma grande quantidade de outros insetos polinizadores se alimentando onde as abelhas melíferas encontram bons alimentos, de modo que podemos melhorar as buscas de todos esses insetos.”

https://youtube.com/watch?v=Clc9neubEYI%3Ffeature%3Dplayer_detailpage

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.