Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas descobrem ‘planeta de diamante’

Com 60.000 km de diâmetro, astro orbita pulsar a 4 mil anos-luz da Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h02 - Publicado em 26 ago 2011, 15h27

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um planeta provavelmente formado por diamantes, orbitando um pulsar (veja glossário) a quatro mil anos-luz da Terra. A novidade foi anunciada nesta sexta-feira pela Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO).

Glossário

  1. Pulsares – Estrelas de nêutrons de pequeno tamanho, alta densidade e forte campo gravitacional (2 x 10¹¹ maior que o da Terra). São os resultados de explosões de supernovas. Quando uma estrela com massa entre quatro e oito vezes a do Sol termina de queimar o seu ‘combustível’, ela explode. Como resultado, a região central entra em colapso, de forma que prótons e elétrons se combinam para formar nêutrons. Os pulsos de ondas de rádio emitidos por elas podem ser captados pelos telescópios
  2. Sistemas binários – São pares de corpos celestes (podem ser planetas, estrelas, ou qualquer outro corpo) ligados gravitacionalmente, que orbitam um centro de massa comum. Astrônomos se interessam especialmente por sistemas binários de estrelas porque a influência que uma exerce sobre a outra pode revelar fenômenos que não seriam observáveis em estrelas isoladas

O planeta parece ser composto principalmente por carbono e oxigênio, além de hidrogênio e hélio. Com 60.000 quilômetros de diâmetro, aproximadamente cinco vezes o da Terra, o astro tem uma característica muito particular: densidade ligeiramente maior que a de Júpiter. Segundo os pesquisadores, liderados pelo professor Matthey Bailes, da Universidade Swinburne, na Austrália, boa parte do planeta pode ser similar a um diamante, que é a forma que o carbono assume sob alta pressão.

A descoberta do planeta ocorreu depois que a equipe avistou o pulsar com a ajuda do radiotelescópio da CSIRO, a 357 quilômetros de Sydney, na Austrália. Os pesquisadores continuaram a investigação com os telescópios de Lovell (Grã-Bretanha) e Keck (Havaí, EUA) e notaram que os sinais do pulsar eram sistematicamente alterados pelo que podia ser a força da gravidade de um planeta.

Continua após a publicidade

O planeta de diamante forma um sistema binário (veja glossário) com um pulsar, orbitando a estrela de nêutrons (batizada PSR J1719-1438) a cada duas horas e dez minutos. Os objetos estão separados por cerca de 600.000 quilômetros e estão localizados na Constelação da Serpente. “Apesar de raro, este planeta comprova o que já sabemos sobre como estes sistemas binários funcionam”, afirma Michael Keith, astrônomo do CSIRO.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.