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Cientistas descobrem genes que fazem com que vermes vivam mais no espaço

Sem gravidade, microorganismo sofre alterações nos genes e, ao voltar para a terra, tem o período de vida prolongado

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h31 - Publicado em 8 jul 2012, 15h05

Um grupo internacional de pesquisadores descobriu que um micro-organismo, o verme Caenorhabditis elegans (C. elegans), tem a chave do envelhecimento ‘desligada’ após passar uma temporada no espaço. Eles constataram que, durante os voos espaciais, há supressão no acúmulo de proteínas tóxicas nestes micro-organismos e que alguns genes se desenvolvem em níveis mais baixos sem a gravidade.

Ao retornar para a Terra, os genes alterados voltam ao normal, mas o período de inativação faz com que os vermes vivam mais. O resultado foi publicado na versão online do periódico Scientific Reports. A pesquisa vai ajudar os estudiosos a entender melhor como a gravidade pode afetar o envelhecimento.

O C. elegans é um verme usado amplamente em pesquisas científicas por ter um ciclo de vida curto e pouca complexidade orgânica, tornando fácil a amálise de alterações. Outras pesqusias desenvolvidas com esses vermes indicaram que o álcool, em pequenas quantidades, também influenciavam no tempo de vida ou ainda que alterações em proteínas poderiam prolongar a fertilidade em mulheres.

Amostras com esses vermes foram lançadas ao espaço em abril de 2004, a bordo do Soyus TM4. A espaçonave voltou à Terra seis meses depois.

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Descobertas – Após o retorno do Soyus, os cientistas analisaram as amostras enviadas ao espaço e observaram que houve queda na formação de poliglutaminas, substâncias que se acumulam no corpo ao longo do envelhecimento. Além disso, observaram a inativação de sete genes, todos ligados às atividades neuronal e endócrina. Segundo os pesquisadores, a maior parte destes genes controla a longevidade.

Para Nathaniel Szewczyk, que na época do início do experimento era da Nasa e agora conduz as pesquisas na Universidade de Nottingham, ainda não está claro como os genes atuam no controle da longevidade. “Ao que parece, esses genes estão vinculados à maneira como os vermes lidam com o ambiente em que vivem e às mudanças no metabolismo para que eles se adaptem”, disse. “Por exemplo, um dos genes que identificamos é da insulina, que controla o metabolismo. Nos vermes, moscas e ratos, a insulina está mais associada à modulação da longevidade”, explicou. O estudo pode ajudar os pesquisadores a entender melhor e em detalhes o que ocorre no corpo de um astronauta no espaço.

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