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Cientistas criam técnica que torna o cérebro transparente

Nova tecnologia promete revolucionar estudo do órgão, que antes sofria danos quando era remontado em computador a partir de fatias

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h21 - Publicado em 11 abr 2013, 21h04

Uma equipe multidisciplinar da Universidade de Stanford, na Califórnia, desenvolveu um método para estudar o cérebro sem alterar sua forma e conexões internas, graças a um processo químico que o torna transparente, anunciou nesta quarta-feira a instituição. Até o momento, o estudo do interior do cérebro implicava seccioná-lo, com a perda consequente de sua estrutura. Graças à nova técnica, batizada Clarity, o membro pode ser estudado como uma peça inteira, sem a necessidade de fatiá-lo.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Structural and molecular interrogation of intact biological systems

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez: Karl Deisseroth

Instituição: Universidade da Stanford, EUA

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Dados de amostragem: cérebros de ratos de três meses

Resultado: A equipe do Dr. Deisseroth imergiu os cérebros em vasilhas que continham hidrogel gelatinoso, cujas moléculas foram filtradas pelos tecidos cerebrais e tomaram o lugar das células opacas. Depois, os cientistas aqueceram os cérebros a uma temperatura pouco superior à do corpo humano para que as moléculas se ligassem. Passados oito dias, os tecidos dos cérebros estavam transparentes.

O procedimento implica na troca das bicapas lipídicas – camadas que envolvem as células cerebrais e as mantêm opacas – por moléculas de um hidrogel transparente. A substituição não afeta a estrutura do cérebro.

Com isso, a nova técnica apresenta um grande potencial para acelerar as pesquisas sobre doenças como o Alzheimer e a esquizofrenia e lançar luz sobre os neurônios vinculados à Síndrome de Down e ao autismo.

“O estudo de sistemas intactos com esse tipo de resolução molecular e em toda sua dimensão foi um objetivo não alcançado na biologia, uma meta que o Clarity começa a cumprir”, explicou coordenador do estudo, Karl Deisseroth, que faz parte do departamento de bioengenharia e psiquiatria da Universidade de Stanford.

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Teste em ratos – O método, divulgado nesta quarta-feira em um artigo publicado na internet pela revista Nature, foi testado fundamentalmente com cérebros de ratos, mas também passou com sucesso por experiências com peixes-zebra e amostras de cérebro humano.

Os cientistas podem penetrar nele com tecnologia tridimensional, fazer medições e utilizar produtos químicos que permitam distinguir suas estruturas internas por cores. “Nunca mais o estudo em profundidade do nosso órgão tridimensional mais importante ficará limitado por métodos bidimensionais”, indicou Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos.

http:https://www.youtube.com/embed/5xsVGRgx9IU

(Com Agência EFE)

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