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Cientistas criam fígado a partir de células-tronco

Procedimento renova esperança de que no futuro será possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h34 - Publicado em 8 jun 2012, 18h50

Cientistas japoneses anunciaram nesta sexta-feira que conseguiram criar um fígado humano a partir de células-tronco. O sucesso do procedimento renova a esperança de que no futuro seja possível desenvolver órgãos artificiais e transplantá-los em pacientes.

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CÉLULA-TRONCO

Célula capaz de se transformar (se diferenciar) em outra célula ou tecido especializado do corpo. Pode se replicar muitas vezes, diferente de outras células, como as do cérebro ou músculo.

CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA (iPS)

Célula adulta especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de célula-tronco embrionária. Pode se transformar em qualquer tecido do corpo. Elas são obtidas por meio da reprogramação genética de células adultas. Uma célula somática (não envolvida diretamente na reprodução), como a da pele, pode “voltar” a um estágio similar ao de célula-tronco embrionária pela adição de alguns genes. Esses genes são transportados com a ajuda de vírus.

Uma equipe de cientistas dirigida pelo professor Hideki Taniguchi, da Universidade de Yokohama, transplantou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) no corpo de um rato. Ali, elas cresceram até se converterem em um pequeno, mas funcional, fígado humano.

Células-tronco são frequentemente retiradas de embriões, que são então descartados, prática que enfrente objeções na comunidade acadêmica e na sociedade. Já as células iPS podem ser extraídas de indivíduos adultos. O resultado alcançado da pesquisa foi divulgado no jornal japonês Yomiuri Shimbun e será apresentado em uma conferência acadêmica que acontecerá no Japão na próxima semana.

Experimento – A equipe do professor Taniguchi transplantou as células iPS na cabeça de um rato para aproveitar o alto fluxo de sangue do cérebro. Depois disso, segundo relatam os cientistas, as células iPS se transformaram em um fígado humano de cinco milímetros, capaz de produzir proteínas humanas e de decompor medicamentos.

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O jornal Yomiuri Shimbun divulgou que a descoberta da equipe de Taniguchi é uma “ponte importante entre a pesquisa básica e a aplicação clínica, mas encara vários desafios antes de ser colocada em prática”. Taniguchi não quis se pronunciar sobre o assunto antes da apresentação do trabalho no evento científico, que acontecerá na próxima semana.

As células iPS foram descobertas em 2006 por duas equipes distintas, uma dos Estados Unidos e outra do Japão.

(Com Agência France-Presse)

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