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Aglomerado de galáxias tem a maior taxa de formação de estrelas já registrada

Agrupamento de Fênix está a 5,7 bilhões de anos luz da Terra e é o maior produtor de raios-x conhecido

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h28 - Publicado em 16 ago 2012, 10h55

A Nasa anunciou nesta quarta-feira a descoberta de um dos maiores e mais ativos objetos encontrados no universo. Trata-se de um aglomerado de galáxias apelidado de Fênix, por estar dentro da constelação de mesmo nome. Localizado a 5,7 bilhões de anos luz da Terra, ele tem a maior taxa de formação de estrelas já registrada no centro de um conjunto de galáxias. Além disso, é o maior produtor de raios-X conhecido, e um dos mais sólidos.

A descoberta foi possível graças ao Observatório de raios-X Chandra, o Telescópio da Fundação Nacional de Ciências do Polo Sul e outros oito observatórios internacionais.

Os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas conhecidas no universo, pois reúnem centenas de galáxias que interagem gravitacionalmente. “Apesar da galáxia central da maioria dos aglomerados ficar inativa durante bilhões de anos, nesse grupo ela parece ter voltado à vida com uma nova explosão de formação estelar”, explica Michael McDonald, pesquisador do Instituto Tecnológico de Massachusetts, nos Estados Unidos, e autor de um artigo publicado na revista Nature.

Estrelas – Como todos os outros aglomerados de galáxias, Fênix contém uma enorme reserva de gás quente em seu centro. No seu caso essa reserva é tão grande que contém mais matéria que todas as galáxias do conjunto combinadas. No entanto, segundo os dados colhidos pela Nasa, a velocidade de esfriamento desse gás no centro do agrupamento é a maior já observada, o que pode ajudar a entender como tantas estrelas se formam ali. A queda de temperatura provoca um fluxo de gás para o interior e a formação de um grande número de estrelas.

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Isso é muito raro, uma vez que a maioria dos aglomerados não costuma formar novas estrelas. Os astrônomos supõem que isso acontece porque os buracos negros supermassivos encontrados no centro destes conjuntos costumam fornecer energia ao sistema, evitando que o gás esfrie. No caso da Fênix, eles presumem que os jatos de energia desprendidos do buraco negro não são suficientemente potentes para prevenir o esfriamento do gás e a formação de novas estrelas.

Os dados apontam que o buraco negro de Fênix está crescendo muito rapidamente, cerca de 60 vezes a massa do Sol a cada ano. Uma taxa que os cientistas acham insustentável – o buraco negro já é muito grande, com uma massa de aproximadamente 20 bilhões de vezes a do Sol. “Esse ritmo de crescimento não pode durar mais de 100 milhões de anos. Caso contrário, a galáxia e o buraco negro se tornariam muito maiores que seus pares no universo próximo”, afirma Bradford Benson, pesquisador da Universidade de Chicago e coautor do estudo.

(Com agência EFE)

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