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Cientistas americanos desvendam mistério dos “vampiros” poloneses

Esqueletos dos séculos XVII e XVIII foram encontrados com uma foice no pescoço e uma pedra na boca

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h08 - Publicado em 27 nov 2014, 16h40

Um estudo americano desvendou o mistério dos “vampiros” de Drawsko Pomorskie, cidade na Polônia em cujo cemitério foram descobertos em 2009 vários corpos enterrados com uma foice no pescoço e uma pedra na boca.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Apotropaic Practices and the Undead: A Biogeochemical Assessment of Deviant Burials in Post-Medieval Poland​

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Lesley A. Gregoricka, Tracy K. Betsinger, Amy B. Scott e Marek Polcyn

Instituição: Universidade do Alabama do Sul, nos Estados Unidos

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Dados de amostragem: 66 esqueletos encontrados em um cemitério da cidade de Drawsko Pomorskie, na Polônia

Resultado: Esqueletos são de vítimas de uma epidemia de cólera que castigou a região entre os séculos XVII e XVIII, e não de “vampiros”, como se dizia na comunidade.

Arqueólogos e antropólogos da Universidade do Alabama do Sul, nos Estados Unidos, concluíram que os esqueletos são de vítimas de uma epidemia de cólera que castigou a região entre os séculos XVII e XVIII. Eles relataram a descoberta em uma pesquisa publicada no periódico Plos One na quarta-feira.

“A propagação de doenças como a cólera era muito pouco divulgada no século XVII e isso fez as pessoas acreditarem que se tratava de vampiros”, explica na publicação a antropóloga Lesley Gregoricka, coautora do estudo. “Os vizinhos dos mortos deram uma explicação sobrenatural a uma doença que apareceu de forma desconhecida.”

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Corpos – Pelo menos 66 corpos enterrados no antigo cemitério foram encontrados com as cabeças viradas para a mesma direção, vários com foices de ferro colocadas ao redor do pescoço e um com o corpo atado e pedras na garganta. Segundo os especialistas, os moradores da cidade acreditavam que a foice cortaria o pescoço do “vampiro” que viesse a ressuscitar, e a pedra na boca faria com que engasgassem. “Esses objetos serviriam de proteção”, relata a antropóloga.

Inicialmente, os cientistas pensavam que os corpos eram de forasteiros, mas depois descobriram que se tratava realmente de moradores de Drawsko Pomorskie. Para chegar a estes resultados a equipe analisou os molares de 60 indivíduos, incluindo os “vampiros”.

Os especialistas acreditam que esses estranhos rituais fúnebres podem fornecer informações sobre as práticas sociais e culturais das pessoas que viviam na região e revelar quais eram as crenças na Europa Central sobre os vampiros.

(Com EFE)

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