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Babuínos tomam decisões de forma democrática

Seguir a maioria é a regra básica que os primatas adotam para decidir que rumo tomar

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h03 - Publicado em 19 jun 2015, 15h30

Em estudo publicado ontem (18) na revista Science, pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriram uma nova característica sobre a sociedade dos babuínos. Pode parecer mentira, mas o grupo de primatas tem como base para seus movimentos uma regra bem clara e simples: seguir a maioria. Ou seja, são democratas.

Coordenados pela bióloga Ariana Strandburg-Peshkin, os pesquisadores confeccionaram colares munidos de aparelhos de GPS para monitorar a movimentação de um grupo de 25 babuínos selvagens em busca de comida e água. Os animais, que vivem no Centro de Pesquisa Mpala, no Quênica, pertencem à espécie Papio anubis.

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Apesar de parecer que os babuínos não seguem um modelo de democracia, já que, com frequência, machos e fêmeas disputam entre si o comando da hierarquia do bando, os resultados das análises mostraram algo nunca constatado. Os aparelhos mediram, de segundo a segundo, a movimentação dos primatas, baseando-se em conceitos de “iniciadores”, aqueles que puxam o grupo, e “seguidores”, os que seguiam.

As análises mostraram que, independente de idade, sexo ou posição do primata na hierarquia do bando, os babuínos deslocam-se no sentido em que a maioria está indo. Mesmo que os líderes tenham maior poder de decisão, a direção que escolhem em nada adianta se os “seguidores” não forem atrás.

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Quando não existe consenso, os babuínos não se movem até os “iniciadores” entrarem em acordo. Mas, caso esses líderes sigam para direções muito diferentes, seguidores dividem-se entre mais de um “iniciador”. Já quando os deslocamentos não são exatamente idênticos, os primatas escolhem um caminho no “meio termo”.

Membro da família Cercopithecidae, o babuíno-anúbis é a espécie com distribuição mais brangente desse grupo. Eles podem ser encontrados em 25 países, como o Quênia, a Etiópia e a Tanzânia. Populações isoladas desses primatas também têm como habitat savanas e florestas. O nome da linhagem foi escolhido devido a semelhança com o antigo deus egípicio Anúbis, representado com frequência por uma cabeça de cachorro semelhante à face do babuíno.

Mais que ajudar a compreender a vida dos babuínos, as conclusões do estudo podem indicar que a noção de democracia deve ter surgido entre primatas (grupo a qual pertence os humanos) naturalmente, mesmo antes do surgimento do homem moderno.

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(Da redação)

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