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Atividade vulcânica mudou o eixo da Lua há 3 bilhões de anos

Segundo estudo publicado na Nature, o eixo do astro mudou em 6 graus, modificando a localização dos polos norte e sul

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h58 - Publicado em 24 mar 2016, 10h36

O eixo da Lua pode ter sido modificado em 6 graus após grande atividade vulcânica há 3 bilhões de anos. De acordo com um estudo, publicado na última quarta-feira na revista Nature, os vulcões esquentaram apenas um dos lados do astro, alterando massa e estrutura internas. Isso fez com que a Lua “tombasse” e passasse a girar em um eixo diferente.

A equipe de pesquisadores, liderada por Matthew Siegler, do Instituto de Ciências Planetárias no Arizona, analisou imagens da Lua e, com medições de hidrogênio, identificou a existência de gelo em crateras lunares vizinhas aos polos (locais em constante sombra).

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Novo eixo – Com esses dados em mãos, os especialistas identificaram que esses pontos de gelo se encontram em posições opostas no astro – ou seja, é possível traçar uma linha reta entre um ponto gelado e outro, cruzando o centro da Lua. Para confirmar as expectativas dos cientistas, eles calcularam a distância entre os pontos e os polos norte e sul atuais e descobriram que as distâncias entre eles são as mesmas, só que em sentidos opostos. “Seria como se o eixo da Terra passasse da Antártida para a Austrália”, explicou Siegler.

A causa do movimento observado pelos pesquisadores foi uma intensa atividade vulcânica em um dos lados da Lua (de face para a Terra). Os vulcões em atividade teriam modificado o equilíbrio que forma o eixo planetário ao esquentar o manto da Lua, causando um distúrbio no giro da Lua.

O estudo do gelo ancestral na Lua pode abrir portas para compreender o mistério da existência de água no astro e na própria Terra, que Siegler acredita ter vindo de um sistema fora da Via Láctea, dada a proximidade do planeta com o Sol. “O gelo da Lua pode ser uma cápsula do tempo da mesma fonte que originalmente forneceu água para a Terra. Esse é um registo que não temos aqui graças às diversas modificações da Terra. Esse gelo tão antigo pode nos dar pistas e resposta a esse grande mistério”, disse especialista.

(Da redação)

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