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Ao contrário do previsto, cometa ISON não será o mais brilhante, afirma cientista

Novo estudo afirma que o cometa pode se desintegrar ao se aproximar do Sol

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h18 - Publicado em 30 jul 2013, 12h26

Em setembro do ano passado, a descoberta do cometa C/2012 S1, conhecido como ISON, provocou entusiasmo nos amantes da astronomia: previsto para passar pela Terra no final de 2013, ele poderia ser o cometa mais brilhante já registrado – e brilhar mais até do que a Lua cheia. Porém, novos estudos indicam que tais previsões não devem se concretizar. Além de não atingir o brilho esperado, o cometa pode se desintegrar em sua passagem pelo Sol.

Ignacio Ferrin, astrônomo e especialista em cometas da Universidade de Antioquia, na Colômbia, utilizou as ferramentas de observação mais recentes para estudar o ISON, e encontrou nele um “comportamento peculiar”. Segundo Ferrin, o brilho do cometa se tornou constante em janeiro deste ano, e desde então não apresenta sinais de aumento, tornando muito improvável que ele atinja os níveis esperados de brilho.

O motivo desse comportamento inesperado pode ser falta de água no cometa ou a presença de uma camada de rochas ou poeira impedindo a sublimação (passagem do estado sólido para o gasoso) da matéria para o espaço. Acredita-se que o futuro do ISON seja semelhante ao do cometa C/2002 O4 Hönig que, em 2002, ficou 52 dias com o brilho estável e então se desintegrou sem deixar resíduos. O ISON já está com o brilho estável há 132 dias, mas os astrônomos não têm como saber seu status atual, pois ele entrou em uma região onde não pode ser observado, devido ao brilho do Sol.

Obstáculos – Mesmo que o ISON sobreviva a isso, ele terá mais desafios a sua frente. O cometa deve atingir seu periélio (ponto da órbita que mais se aproxima do Sol) em uma região na qual os astrônomos estimam uma temperatura de 2.700 graus célsius – o suficiente para derreter ferro e chumbo. Além disso, ele vai ultrapassar o limite de Roche (distância mínima do centro de um planeta ou outro corpo celeste que um satélite pode chegar sem se tornar instável), o que significa se submeter a forças gravitacionais do Sol que podem despedaçá-lo. Para os especialistas, a combinação de alta temperatura, radiação e as forças gravitacionais pode fazer com que o cometa não sobreviva a seu encontro com o Sol.

O ISON poderá ser observado novamente pelos especialistas entre os dias sete de outubro e quatro de novembro, mas, mesmo assim, os especialistas afirmam que pode ser difícil determinar o que ocorreu com o cometa.

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