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Abelhas também teriam uma personalidade, indica estudo

Pesquisa aponta paralelos entre o comportamento humano com o dos insetos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h43 - Publicado em 9 mar 2012, 01h49

À simples vista as abelhas e os seres humanos não têm muito em comum, mas um estudo publicado nesta quinta-feira na revista ‘Science’ indica que, tal qual o Homo sapiens, estes insetos também têm personalidade.

De acordo com a pesquisa, há abelhas exploradoras e de comportamento mais ousado, enquanto outras optam por atividades mais cautelosas e uma vida ‘caseira’.

“As abelhas têm distintas funções na colônia”, explicou Silvia Rodríguez Zás, uma pesquisadora graduada da Faculdade de Agronomia da Universidade do Uruguai e que trabalha agora na Universidade de Illinois (EUA). “Algumas ficam dentro da colmeia e cuidam dos filhotes, enquanto outras saem para conseguir comida.”

O estudo das abelhas e suas possíveis implicações para entender o comportamento de mamíferos, e até o dos humanos, é interessante porque esses são insetos sociais, que vivem em comunidades altamente organizadas. Durante os experimentos, os pesquisadores instalaram as fontes de alimento das abelhas em uma grande área protegida e observaram quais saíam para explorar em busca por mais comida. Os cientistas depois compararam a expressão genética cerebral das abelhas aventureiras com a daquelas que ficaram próximas a seus ninhos.

“Ficamos focados em determinar os genes e a base molecular que motivam estas abelhas a um comportamento explorador, algo que nos humanos é conhecido como o comportamento em busca de novidade”, disse Silvia.

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A partir da observação das abelhas exploradoras, os cientistas descobriram que as mesmas que buscaram o lugar para a nova colmeia e levaram para lá um grupo de abelhas da colônia antiga são as que passam a procurar comida. “Levam em seus genes essa ‘inquietação'”, comentou a pesquisadora. “Primeiro, saem em busca de um lugar; depois, de comida.”

Genética – “Há uns 1 mil genes, 15% do total, que se expressam mais nas abelhas exploradoras que nas não exploradoras. São genes com função associada à comunicação, e essas diferenças se expressam na dopamina, na octopamina, no glutamato e no ácido gama-aminobutírico”, continuou Silvia. “Nos seres humanos, essas moléculas se relacionam com a sensação de satisfação e também com a dependência”, explicou a pesquisadora. “Os seres humanos que têm tendência a buscar atividades inovadoras também têm um maior risco de desenvolver a dependência.”

Em outras fases do estudo, os cientistas acrescentaram doses maiores de octopamina e glutamato na dieta das abelhas exploradoras, e o resultado foi que exploravam ainda mais. “Por outro lado, a adição de agentes bloqueadores em sua dieta lhes inibiu a vontade de explorar, e as abelhas normais, as que não tendem a explorar, exploraram ainda menos”, assinalou Silvia.

(com Agência EFE)

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