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Robert Plant une rock pesado a timbres exóticos em show

O ex-vocalista do Led Zeppelin evitou a armadilha de apresentação nostálgica e mostrou capacidade de se reinventar, mas não privou público de clássicos

Por Mariana Zylberkan
23 out 2012, 00h59

Aos 64 anos, Robert Plant mostra que rock n’roll é algo que não envelhece. Apesar do rosto bastante enrugado, da força para tentar alcançar seus tão famosos agudos e das mãos que levava à lombar no intervalo de cada música, o ex-vocalista do Led Zeppelin se mostrou em plena forma subversiva do rock em show realizado nesta segunda-feira, no Espaço das Américas, em São Paulo.

Na perna paulistana de sua turnê ao lado da banda The Sensational Space Shifters, Plant contrariou os padrões e evitou a armadilha de fazer uma apresentação nostálgica, pautada apenas pelos sucessos da banda cultuada por fãs há mais de 40 anos. Ritmos exóticos – embalados por instrumentos africanos – e sequências instrumentais marcaram boa parte das músicas de sua carreira solo e contaminaram até clássicos setentistas. Black Dog, por exemplo, ganhou novos arranjos de percussão.

Plant abriu o show com o rock pesado Tin Pan Valley e, sem cerimônias, já serviu o público com uma série de solos de guitarra e bateria. Em seguida foi a vez de Another Tribe, música com toada oriental que abre o disco Mighty ReArranger (2005). Na sequência, veio Spoonful. O blues de Willie Dixon e gravada por Howlin’ Wolf, em 1960, foi embalada por uma sequência hipnótica de toques tribais africanos. O músico da Gâmbia Juldeh Camara improvisou solos com seu rotti, um violino africano de apenas uma corda, acompanhado pelo percursionista Dave Smith, no comando do kologo, um banjo africano.

Infográfico: Veja a cronologia do Led Zeppelin, a banda que revolucionou o rock

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O restante do show foi permeado por um rod��zio entre músicas da carreira solo de Plant (Somebody Knocking, Song to the Siren e The Enchanter) e clássicos do Led Zeppelin. O dono de uma das vozes mais míticas do rcok n’ roll se permitiu reverenciar o passado somente na porção final do show.

A sequência formada por Gallows Pole, Ramble On, Whole Lotta Love, Going to California e Rock and Roll, as duas últimas tocadas no bis, provocou uma catarse no público. Neste momento, Plant deixou os experimentalismos de lado e interpretou os clássicos do Led Zeppelin assim como foram compostos há mais de 30 anos. Afinal, reinvenções à parte, era justamente essa volta ao passado que o público esperava assistir durante o show.

A turnê brasileira de Robert Plant vai ter um show extra em São Paulo, nesta terça-feira, ainda com ingressos à venda pela internet. Depois, segue para Brasília (dia 25), Curitiba (dia 27) e Porto Alegre (dia 29).

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