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Rio de Janeiro abre mostra de Tarsila do Amaral

Exposição tem roteiro baseado no diário de viagens da artista plástica modernista, e é a primeira realizada no Rio desde 1969

Por Sérgio Vieira
13 fev 2012, 16h50

Depois de 43 anos de ausência, a obra de Tarsila do Amaral desembarca no Rio de Janeiro para uma grande exposição que será inaugurada nesta segunda-feira n Centro Cultural do Banco do Brasil. “Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo” foi idealizada a partir do diário escrito pela artista durante uma viagem à Europa com Oswald de Andrade, com quem ela foi casada. Por isso, embora reúna 85 trabalhos de todas as fases da pintora, a exposição não se prende à cronologia.

O curador Antonio Carlos Abdalla diz que essa colagem de recordações norteou o conceito da mostra desde o primeiro momento. “Pensamos em um percurso literalmente afetivo. Não quisemos ser acadêmicos, e quisemos construir uma mostra com flashes da memória de Tarsila, com junção de épocas e períodos diferentes da artista.

O Rio de Janeiro teve apenas três oportunidades de contemplar uma exposição só com obras de Tarsila. Em 1929 e em 1933, no Palace Hotel, e em 1969, no Museu de Arte Moderna (MAM).

Tarsilinha do Amaral, sobrinha-neta da pintora, lembra que montar uma exposição grande com o acervo de Tarsila é uma empreitada financeira muito grande, além de exigir grande dedicação para conseguir reunir, ao mesmo tempo, obras que estão espalhadas por vários países do mundo.

‘Tarsila tem uma agenda muito grande de exposições no Brasil e no mundo. As obras estão sempre sendo emprestadas para exposições. É pena que o Rio tenha ficado tanto tempo sem uma mostra dela, uma vez que Tarsila morou na cidade e tem muitas obras que fazem referência ao Rio’, diz Tarsilinha.

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Depois de passar o Carnaval de 1924 na cidade, ao lado de Oswald de Andrade e do artista franco-suíço Blaise Cendrars, ela realizou esboços que culminariam com a atualmente conhecida Trilogia do Rio – Morro da favela, Carnaval em Madureira e EFCB (Estação de Ferro Central do Brasil) – todos do mesmo ano.

Descoberta recente – Entre as obras e objetos expostos, uma fotografia de 1926 chama especialmente a atenção. Descoberta há apenas seis anos por Tarsilinha, a imagem mostra uma mulher negra, sentada em posição semelhante à da figura retratada em “Negra”, um dos quadros mais conhecidos de Tarsila. Na exposição, o público poderá ver a foto, uma versão inacabada e vários esboços da obra.

Mas quem espera ver a obra-prima da paulistana, O Abaporu, vai ficar decepcionado. Comprado pelo empresário argentino Eduardo Costantini por US$ 1,43 milhão, em um leilão em Nova York no ano de 1995, o quadro não teve licença para sair do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba), onde está em exposição permanente.

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