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Na favela, réveillon na laje pode custar até 1.000 reais

Organizadores prometem a melhor vista da cidade e dos fogos de Copacabana, pratos tradicionais na ceia e muita bebida em morros pacificados

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
22 dez 2012, 07h53

Eles desfrutam de algumas das vistas mais privilegiadas do Rio de Janeiro. No Réveillon, abrem seus espaços para receber um grupo seleto de convidados dispostos a pagar caro por isso. O ingresso para uma festa de virada de ano na laje de uma favela pode custar até 1.000 reais por pessoa. Esse é o preço cobrado por Dona Azelina, para os turistas que quiserem subir o morro do Pavão-Pavãozinho e acompanhar do alto o show de fogos de artifício da praia de Copacabana, quase em frente.

Este será o quarto ano da festa, organizada por Daniel Plá, com promessa de requinte. No cardápio, rigatoni de rabada e paella carioca, além de salgadinhos feitos pela dona da casa. Entre as bebidas, champanhe da marca Chandon, uísque 12 anos e caipirinha de vodca. “São as mesmas opções servidas nos grandes réveillons da cidade”, ressalta Daniel. Em nome da sofisticação, cortou-se a cerveja. O funk também está cortado da seleção de músicas, que deve variar entre samba de raiz e bossa nova.

A laje tem capacidade para 60 pessoas – 30 da comunidade e 30 de fora, que receberão camisetas para evitar penetras. “Queremos incentivar outras lajes a promover essas festas, promovendo a integração entre morro e asfalto”, conta o organizador, que garante a melhor vista da cidade. “É possível ver todos os fogos da praia, sem nenhum obstáculo na sua frente. Não precisa nem virar a cabeça.” Quem comprovar residência na cidade ganha um desconto, e pode pagar “apenas” 450 reais por pessoa. “O objetivo é atrair mais cariocas”, explica Daniel.

Outras opções – Quem não fizer questão de festa chique no morro – e quiser pagar menos – tem uma opção na favela vizinha, a do Cantagalo. A 250 reais por pessoa, o cardápio se resume a churrasco, cerveja e caipirinha. É o primeiro ano do evento, também planejado por Daniel. Lá, o funk está liberado. Só o número de vagas é limitado: 10 pessoas, que sobem para a laje aprendendo a tocar tamborim. Outras informações sobre as duas festas, com Daniel, no telefone: (21) 8671-1222.

Chapéu-Mangueira: A paisagem que se observa do Favela Inn
Chapéu-Mangueira: A paisagem que se observa do Favela Inn (VEJA)
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Atrás da praia do Leme, outra opção é o morro do Chapéu Mangueira, onde o hostel Favela Inn oferece até uma noite de sono e o café da manhã seguinte, a 200 reais por pessoa. Mas as bebidas – cerveja, caipirinha, refrigerante, água e suco – serão cobradas à parte. O cardápio é o de uma ceia tradicional, com pernil, chester e também opções para vegetarianos. “Vai ser nossa primeira experiência”, conta Cristiane de Oliveira, responsável pelos eventos. A capacidade é 18 pessoas, com a estadia. Há, ainda, outras 10 vagas para quem for só para a festa. Neste caso, o preço cai para 150 reais por pessoa. Contato, pelo telefone (21) 3209-2870.

A laje de Jean Pierre, na favela do Vidigal, promete um réveillon confortável, principalmente no que diz respeito a vagas: o ambiente de 200 metros quadrados abriga tranquilamente 160 pessoas, ele garante. Os primeiros 100 convites serão vendidos a 150 reais cada, e os demais, a 250 reais. Será o segundo ano da festa, com cardápio encomendado a um buffet. “Teremos frios, frutas, pernil e lentilha. Aves a gente não coloca, porque ciscam para trás”, comenta o organizador, que está planejando também queima de fogos de artifícios particular, além dos que poderão ser vistos em Copacabana. O telefone do Espaço Jean Pierre é (21) 3322-7252.

Réveillon na laje

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