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James Cameron critica estúdios que aplicam conversão para 3D em filmes convencionais

Para o diretor de 'Avatar', esse tipo de recurso só deveria ser aplicado aos clássicos

Por BBC
4 nov 2010, 16h15

Cameron afirma que a migração de todas as produções de cinema para a plataforma 3D é inevitável

Com a autoridade de quem escreveu seu nome na história do cinema ao dirigir Avatar em três dimensões, James Cameron atacou nesta quarta os estúdios que acrescentam efeitos em 3D na pós-produção de filmes. Para o diretor do maior recorde de bilheteria de todos os tempos, com 2,77 bilhões de dólares em arrecadação, o recurso à adaptação para 3D só deveria ser utilizada em clássicos como Tubarão ou ET, ou seja, em filmes que, por razões óbvias, não podem ser filmados com a nova tecnologia. “Minha filosofia pessoal é que a conversão deve ser usada apenas nessas situações, para levar títulos populares e comprovados ao 3D, como Tubarão, ET, Indiana Jones, Contatos Imediatos ou Titanic”, afirmou. “”A menos que você tenha uma máquina do tempo para voltar e filmar esses clássicos em 3D, não existe outra escolha. Agora, para as novas produções, a melhor alternativa, se você quiser lançar um filme em 3D, é fazê-lo em 3D.”

O diretor de Avatar citou nominalmente alguns dos novos projetos, dizendo, por exemplo, que foi um “erro” tentar agregar 3D ao último filme de Harry Potter, As Relíquias da Morte: Parte 1. E previu que a prática de adicionar 3D na pós-produção acabará em breve, com a adoção generalizada da tecnologia pelas emissoras de TV. Falando durante o evento Blu-Con, em Beverly Hills, Cameron repetiu sua afirmação de que os estúdios não devem tentar “forçar” a conversão para 3D depois das filmagens, no tempo normal de pós-produção.

“Você não pode fazer uma boa conversão de um filme de duas horas com alta qualidade em poucas semanas, como se tentou fazer em Fúria de Titãs“, disse Cameron. “Não quero acabar com o filme, porque meu amigo Sam (Sam Worthington, estrela de Avatar) está nele, mas acho que todo mundo percebeu que eles foram longe demais.” Cameron acrescentou: “Vocês verão outro tropeço com o novo filme de Harry Potter, do mesmo estúdio, que cometeu o mesmo erro. Eles o anunciaram em 3D – gastaram um monte de dinheiro tentando convertê-lo em 3D na pós-produção e simplesmente não funcionou. Eles simplesmente não conseguiram fazê-lo.”

No mês passado, a Warner Bros afirmou que não conseguirá completar a conversão para 3D de Harry Potter e as Relíquias da Morte a tempo de seu lançamento no Reino Unido e nos Estados Unidos. A Warner afirmou que não pretende deixar os fãs à espera do filme.

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Avatar – No final de outubro foi anunciado que a primeira sequência de Avatar será lançada em dezembro de 2014, e um terceiro filme doze meses depois. Uma “edição especial” do primeiro filme, em 2D na versão Blu-Ray, deve sair em novembro com um lançamento em Blu-Ray 3D no horizonte.

Cameron afirma que a migração de todas as produções de cinema para a plataforma 3D é inevitável. “O último prego do caixão da conversão será quando as emissoras começarem a transmitir milhares, ou dezenas de milhares de horas por ano em 3D”, afirmou. “Se você tem 5 mil câmeras cobrindo eventos esportivos ao vivo em muitas redes diferentes, vai ser difícil para os produtores de Hollywood defender que a tecnologia para fazer filmes em 3D é muito complicada, afinal, isso estará sendo feito todos os dias por pessoas menos talentosas e com menos dinheiro.”

O diretor também disse que o fim dos óculos para 3D será uma realidade dentro de uma década. “Quando chegarmos à auto-estereoscopia, que é assistir 3D sem óculos, isso será a forma como assistiremos a todos os meios de comunicação. Isso provavelmente está de 8 a 10 anos de distância.”

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