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Ivan Lins quer mostrar ‘música sofisticada’ aos jovens do Rock in Rio

Cantor volta ao festival após 28 anos, em apresentação com George Benson

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 set 2013, 18h05

No retorno ao Rock in Rio, 28 anos depois de se apresentar no palco principal, Ivan Lins escolheu a música Novo Tempo para abrir o show deste domingo no Sunset, ao lado de George Benson. A decisão é inspirada na onda de manifestações iniciadas em junho no país, principalmente pelo trecho “Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas”. Nos bastidores do palco, o cantor brasileiro, que na primeira edição do festival foi criticado por não ser roqueiro, usa preto do chapéu ao All Star. E, sem modéstia, resumiu o que quer passar ao público: “Desta vez, há muito mais jovens no Rock in Rio do que naquela época. Hoje, eles vão conhecer uma música mais sofisticada, mas com muita energia. Vão gostar muito”.

Lins, que se apresentou para um público de 200.000 pessoas em 1985, vai tentar atrair a plateia com as músicas antigas, a começar pela abertura que, cantada no contexto de 2013, pode dar ao cantor a chance de se aproximar dos jovens já na primeira estrofe. “A juventude estava calada há muito tempo. Isso me preocupava: jovens alienados, escapistas, desinteressados pelo que acontecia. Até que enfim acordaram, e isso não pode parar”, disse, emendando: “Quando a juventude vai para a rua, o poder treme. Eles são o futuro berrando”.

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Benson e Lins ensaiaram uma só vez, no sábado, durante seis horas. Sequer deu tempo de o brasileiro acompanhar as atrações que passaram pelos palcos do festival até agora. “Na verdade, há muita banda que eu nem conheço. Sou de um estilo pop-jazzista que não tem muito a ver com isso aqui. Mas é legal”, conta. O Rock in Rio de 1985 ofereceu a Ivan Lins – escolhido aos 45 do segundo tempo para substituir Caetano Veloso – o maior público de sua vida. “Eu arrebentei. Calei a boca de todo mundo que me criticou porque a cantoria do público foi imensa”, orgulha-se. Hoje, com menos adultos e uma plateia consideravelmente menor (85.000 pessoas), o desafio será se tornar conhecido para muitos jovens que vieram assistir ao ídolo pop Justin Timberlake.

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