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Instituições de defesa da mulher acompanham investigação sobre estupro no BBB

Ministra Iriny Lopes pede providências ao Ministério Público do Estado do Rio. Agente de Daniel faz piada com "gemidos" de Monique sob o edredom

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jan 2012, 18h20

Instituições de defesa do direito da mulher acompanham de perto o desenrolar do caso de Monique e Daniel, do BBB 12. O modelo é suspeito de ter estuprado a loura na madrugada de domingo, após a primeira festa desta edição do programa. Monique, aparentemente embriagada, aparece imóvel no vídeo. Já Daniel, agarrado na moça, movimentava-se debaixo do edredom. A Defensoria Pública, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e a Superintendência dos Direitos da Mulher, da secretaria estadual de Direitos Humanos, acompanham o caso. A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira para investigar a suspeita de abuso sexual. A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, enviou ofício ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira solicitando providências a respeito das suspeitas de abuso sexual no Big Brother Brasil. A secretaria divulgou nota informando que o ofício foi elaborado “com base em demandas encaminhadas por cidadãs de várias cidades brasileiras à Ouvidoria da SPM, pedindo providências”.

Como a Polícia abriu investigação, a Alerj desistiu de pedir ao Ministério Público que se encarregasse disso. Mas, através da Comissão, estará atenta aos próximos passos da instituição. “A garota estava visivelmente alcoolizada, sem sentidos e em estado de vulnerabilidade. Claro que é estupro”, diz Geórgia Bello, assessora jurídica da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj.

Como previsto no artigo 213, do Código Penal, não é preciso haver penetração para ser configurado o estupro. “Pelo movimento que ele (Daniel) faz nas imagens, dá para perceber o quadril dele tocando na moça. Ela estava desacordada e isso pode caracterizar estupro”, afirma Geórgia. “Não estamos tutelando a moça (Monique), mas isso mostra como eles fazem para vender esse produto. Banaliza a condição feminina”, argumenta a assessora jurídica.

Sérgio Mattos, agente de Daniel, da conhecida agencia de modelos 40º Models, insiste na versão de que não houve estupro e, pelo twitter, ironiza o ocorrido debaixo do edredom. Em uma de suas mensagens pergunta: “E ela geme dormindo?”. Em outra, diz não haver necessidade de exame de corpo delito porque houve apenas uma “pegação”. “É a 1a vez que vejo estuprada acordar estuprador com beijo…AHAHAHHAHAHA piada esse nosso povinho!” , diz no microblog. Mattos chega a apontar a existência de “muita gente racista” como motivo para a suspeita contra de Daniel.

O empresário de Monique disse, através de nota, que a família não irá comentar o caso e que somente a própria participante poderá falar sobre o que houve na madrugada de domingo. Cristiano “Nescau” Rosa, empresário da loura, contestou os tweets de Sérgio Mattos. “Lamento muito o comentário postado no twitter do Sr Ségio Mattos (agente do BBB Daniel) onde o mesmo de forma irônica escreve : ‘E ela geme dormindo’?”, diz a nota assinada por Rosa. “Somente num país onde a cultura machista ainda impera, podemos observar comentários inadequados como este”, complementa.

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