Globo acelera o ‘The Voice’ e público reclama

O The Voice Brasil estava econômico na noite desta quinta-feira. O segundo (e último) Tira-Teima foi de cortes: a seleção do trio que se apresentaria em cada time foi gravada previamente para agilizar o processo; os técnicos não tiveram espaço para opinar a respeito do time alheio – também foi dispensada a apresentação musical dos veteranos; e Miá Mello, que enfim havia começado a fazer jus ao cargo de apresentadora, voltou para uma espécie de limbo. “Otimização de tempo” seria uma explicação plausível. Afinal, Boninho pode ter levado um puxão de orelha ao fazer o primeiro programa ao vivo, na semana passada, com mais de duas horas de duração (contando os comerciais). Mas a mudança foi tão radical que fez com que a produçãoabrisse mão de uma das regras que ela mesma inventou para esta temporada, o segundo Peguei!, que permitia a cada técnico salvar uma voz eliminada.

Não seria tão injusto se todas as equipes passassem para a fase final em pé de igualdade. O problema é que Claudia Leitte havia resgatado Rully Anne no programa anterior, mas Carlinhos Brown, Daniel e Lulu Santos ainda tinham uma vaga disponível cada. O uso do benefício, contou Tiago Leifert, foi decidido às pressas, horas antes do primeiro Tira-Teima ir ao ar. Mas, na noite de quinta-feira, ela foi simplesmente revogada. A mudança repentina fez com que candidatos fortes e populares, como Rafael Furtado, Bruna Barreto e Gustavo Trebien, perdessem a chance da repescagem. Além de fazer com que Claudia passasse para a próxima etapa, dos shows ao vivo, com quatro concorrentes, enquanto os demais estarão com apenas três.

Logo após o fim do programa, o Twitter se infestou de perguntas sobre o que teria acontecido e desconfianças de que a competição seria armada. “O que aconteceu com o ‘Peguei’ do Tira-teima de hoje?”, perguntou alguém diretamente ao perfil oficial @BrasilTheVoice. Sem resposta. Outro quis saber o mesmo de Tiago Leifert que, sempre tão ativo na rede social, limitou-se a dizer que o marimbondo que matou ao vivo no palco era “o maior do mundo”. Houve quem fosse ainda mais longe na crítica: “#TheVoiceBrasil ao vivo não é a mesma coisa. Prefiro o programa gravado e editado, muito mais divertido!”