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Eric Clapton envolve Morumbi em noite de solos

Plateia, que fazia ola antes da entrada do músico, não foi ao delírio com o show, mas aplaudiu a virtuose em clássicos como Layla

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2011, 03h07

Depois de duas noites de Justin Bieber, o Morumbi voltou a ter rock, bebê. E também blues. E dos bons. O veterano Eric Clapton, 66, encerrou sua nova turnê no país na noite desta quarta-feira com um show para 45.000 pessoas no estádio. O público, que o esperou fazendo ola na arquibancada, não chegou a delirar com a apresentação, mas seguiu atento e por vezes emocionado os solos da já lendária guitarra de Clapton e dos bons músicos que o seguem, como o tecladista Chris Stanton.

Clapton abriu o show com pontualidade britânica, às 21h. Foi das pouquíssimas vezes em que se dirigiu ao público – e a única em que não o fez para dizer “obrigada”. “Quero dedicar meu show a Felipe Massa”, anunciou em inglês, com sotaque carregado no nome do piloto paulista. A amizade do músico pelo piloto é antiga: em 2009, após o acidente quase fatal que sofreu na Hungria, Massa ganhou uma guitarra autografada. Desta vez, o brasileiro recebeu Key to the Highway, que tomou o lugar de Going Down Slow como faixa de abertura do show.

Depois viriam Tell the Truth, Hoochie Coochie Man – cover de um de seus mestres, o bluesman Muddy Waters – e Old Love. Foi aqui o primeiro grande solo de Clapton, que deu à canção uma versão de cerca de dez minutos. O público, com idades que variavam entre vinte e sessenta anos, assistiu concentrado, para explodir em seguida, em Tearing us Apart, um dos momentos mais dançantes do show. De um jeito tímido, Clapton também dançava – bem menos que as suas backing vocals, é verdade.

A agitação durou pouco. De Tearing us Apart, Clapton passou a Driftin’ Blues, que iniciou a segunda parte do show, em que tocou violão sentado. Como as outras duas partes, a primeira e a última, essa teve cinco faixas. A partir de Driftin’, o músico britânico dedilhou velhas e boas como Nobody Knows You When You’re Down and Out, Lay Down Sally e When Somedoby Thinks You’re Wonderful. Para fechar a parte calma do repertório, uma canção que colocaria todo mundo de pé novamente, inclusive o próprio Clapton, ao terminá-la: Layla.

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Embora mais blueseira e despida da sua introdução clássica, a versão de Layla apresentada no Morumbi foi o ponto alto do show. Ao menos, para o público, que durante o espetáculo foi tão correto quanto o músico, a ponto de um fã, na saída, comentar que aquele havia sido o show “mais civilizado” da sua vida. Sem confusões, sem muita bagunça, sem grandes catarses.

A etapa final foi a mais quente do espetáculo, com solos seguidos de Clapton e de seus músicos: eles atacaram com tudo em Badge, em Queen of Spades e em Cocaine, a mais incendiária das faixas do show. Entre as três, se ouviu ainda a obrigatória Before You Accuse Me e a melancólica – e melosa – Wonderful Tonight, para alguns uma compensação pela ausência da triste Tears in Heaven.

Em tempos de iPhone, não faltaram visores de celular acesos para saudar a balada. Mas Clapton, que depois de Cocaine voltaria para o bis com Crossroads, acompanhado do texano Gary Clark Jr., o que abriu a noite no estádio, não via quase nada. Ele tocava o tempo todo de olhos fechados, mostrando que, aos 66 anos, ainda tem virtuosismo e prazer em dedilhar a guitarra. Para a sorte do Morumbi, que pôde lavar a alma após duas noites de Justin Bieber.

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