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Emma Stone, a namorada espetacular do ‘Homem-Aranha’

Par do herói na ficção e do ator Andrew Garfield na vida real, a atriz se tornou uma das favoritas de diretores como Woody Allen e Alejandro Iñarritu

Por Matt Berg/IFA , de Londres
3 Maio 2014, 16h40

Considerada uma das atrizes mais bonitas e promissoras dessa geração, Emma Stone, 25 anos, vive sua melhor fase com a franquia O Espetacular Homem-Aranha, que acaba de estrear no Brasil a segunda parte da série, O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. O filme traz reviravoltas no relacionamento da mocinha, vivida por Emma, e do herói, interpretado por Andre Garfield, também namorado da beldade na vida real. A química entre os dois em cena é um espetáculo a parte. “Existe uma confiança maior entre nós, mas o roteiro também ajuda bastante”, diz a atriz ao site de VEJA.

Dona de um extenso currículo em comédias, como A Mentira (2010), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, Emma também passou por filmes sérios como o aclamado Histórias Cruzadas (2011), de Tate Taylor, e o suspense policial Caça aos Gângsteres (2013). A versatilidade e boa presença em cena fez a garota se tornar uma das queridinhas dos grandes diretores do cinema da atualidade. Seus próximos projetos incluem Birdman, novo filme de Alejandro Iñarritu (Babel, Biutiful); Magic in the Moonlight, próximo longa de Woody Allen; e o novo projeto ainda sem nome do cineasta Cameron Crowe (Quase Famosos, Vanilla Sky). Em todos, Emma terá papel de destaque.

Em entrevista ao site de VEJA, a atriz fala sobre o novo filme do herói aracnídeo e como se protege da superexposição. E em tempos de jovens adolescentes heroínas, como Jennifer Lawrence e Shailene Woodley, Emma explica que se identifica mais com personagens em que a força reside na inteligência.

Esta sequência é um ponto alto da franquia. Muitas reviravoltas acontecem na história. Você esperava por isso? Eu conhecia toda a história de Gwen Stacy antes mesmo de fazer o teste para o filme. Espero por este momento há quatro anos, desde que consegui o papel. Eu estava ansiosa pela história, que é extremamente importante nos quadrinhos e também será no cinema. As reviravoltas são cenas impactantes que levam Peter Parker ao amadurecimento. Os fãs mereciam ver o verdadeiro gênesis do personagem. Não só o relacionamento dele com ele mesmo ou com Mary-Jane [presentes na primeira trilogia]. Poucos sabem que as raízes do herói não estão fincadas apenas no que acontece com o Tio Ben, mas também com o relacionamento com Gwen.

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Este filme é mais ambicioso que o primeiro, tanto no roteiro quanto nos efeitos especiais. Como foi essa evolução? Eu acho que tudo é ancorado no roteiro. O roteiro é perfeito. Quando o li, senti que tudo estava no lugar certo, fez sentido. É como um monte de peças de um quebra-cabeça que funcionam bem juntas. Os efeitos também são pensados para que o público se sinta no filme, como se você estivesse voando com o herói. Então tudo está mais amplo e intenso. Todos nós sabíamos como a história do romance entre os protagonistas se desenrolaria. E eles escreveram isso de forma sensível e complementar.

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Como compara Gwen com Peter Parker? Ela é mais decidida sobre o que quer e se mostra muito mais sólida e firme que o Peter. Ele passou por vários problemas e a promessa que ele fez ao pai de Gwen no primeiro filme o tortura e confunde. O Peter vive uma luta interna que Gwen não vive.

Acha que a química entre vocês é melhor por também serem namorados na vida real? Talvez. Mas ter feito o primeiro filme juntos nos desenvolveu para este momento. Existe agora uma confiança maior entre nós. O roteiro também nos ajuda bastante.

Já tinham essa química antes do namoro então? Sim, nós fizemos um teste juntos para os papéis há quatro anos. E era isso que eles buscavam na época, uma boa química entre os atores principais.

Em filmes de ação, alguns atores até dispensam dublês, pois preferem fazer a cena. Você é uma dessas? Não (risos). Não mesmo. Neste filme eu só gostava de balançar de um lado para o outro. Eu balanço na teia e caio. Me sinto o Peter Pan! Eu não faço questão de fazer todas aquelas cenas malucas ou de lutas. Eu só gosto de dançar (risos). Não invejo nem um pouco os dublês. Em uma briga, eu prefiro usar minha retórica para dobrar as pessoas.

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A sequência provoca as mais diversas emoções do público. Algumas pessoas choraram no cinema. E você tem muitas comédias no currículo. Prefere fazer rir ou chorar? Meus filmes favoritos são os que fazem uma combinação destes fatores. Chorar e rir são parte do dia a dia do ser humano. Você pode estar em um humor excelente de manhã, e um humor péssimo à noite, e talvez fique alegre antes de dormir. Então, neste filme, eu ri, chorei e senti tantas coisas. Esse conglomerado de emoções é minha parte favorita de ir ao cinema.

Quantas vezes você assistiu ao filme? Apenas uma vez. Para mim está ótimo. Eu nunca assisto aos meus filmes duas vezes. Talvez um dia, quando eu estiver velha e de cabelo branco. Por enquanto, eu não preciso me assistir.

Por que? É muito crítica? É que não quero ter toda essa noção sobre mim mesma. Eu não sento em frente a um espelho e vejo como eu falo ou me expresso. Não quero saber como minhas feições são ou o som da minha voz. Eu prefiro a experiência que a autoapreciação, ou o julgamento. Se não, me tornarei muito crítica.

Então não sofre do egocentrismo das celebridades? Nem consigo. Mal entendo como as pessoas acham que são queridas. Como você pode se ver através dos olhos de outra pessoa? Não existe isso. Por isso, tenho até dificuldades em responder quando as pessoas me perguntam o que eu tenho em comum com minha personagem. É como perguntar: quais são suas qualidades? É tão autoreferencial. Acho péssimo. Minha personagem se parece comigo, porque sou eu. Ponto.

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Você é considerada um ícone da moda nos tapetes vermelhos, assim como sua personagem. O figurino te ajuda a encarnar melhor o personagem? Sim, o figurino muda tudo. Quando você está com a roupa do personagem é mais fácil entrar nele. E a figurinista Deb Scott é ótima. Ela também fez De Volta para o Futuro e Titanic, é um gênio.

Por acaso você tentou experimentar o macacão do Homem-Aranha? Não (risos). Não faço questão.

Você tem uma cena favorita no filme? A que eles se reencontram no Union Square. Eles passam um longo tempo sem se ver e se reencontram ali. É um momento romântico e sensível.

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O que acha de atrizes como Jennifer Lawrence ou Shailene Woodley, que são consideradas as novas heroínas de filmes de ação? Faria um trabalho parecido? Eu acho ambas incríveis e as admiro. Porém, pensando na minha estrutura física, eu não sei. Minha força natural está mais relacionada à mente que ao físico. Se você me vir tentando usar um arco e flecha com certeza morreria de rir. Mas nunca diga nunca. Recentemente interpretei, no novo filme do Cameron Crowe, um piloto e foi ótimo. Não era uma distopia ou um filme de super-herói, mas ela é da Força Aérea, o que já é bem poderoso pra mim.

É verdade que você é uma grande fã do grupo Spice Girls e decidiu pelo nome artístico Emma por causa da integrante Emma Bunton? Sou fã, mas não é verdade a história do nome. Contudo, admito que pedi para um professor me chamar de Emma quando eu estava na segunda série, por causa das Spice Girls. Na verdade, meu nome é Emily, mas quando fui me cadastrar no sindicato dos atores este nome já tinha sido registrado por uma participante do Australia’s Next Top Model, então optei por Emma, pois não queria ser conhecida como Emily J. Stone.

Como você lida com o excesso de exposição e as críticas que filmes dessa magnitude atraem para seus atores? Hoje em dia acho que não importa quem você é, todos estão expostos. Especialmente por causa das redes sociais. Não é mais exclusividade de uma celebridade ter que lidar com a opinião pública. Todos se preocupam com as fotos que vão postar no Instagram que os fará parecer como querem ser vistos. Ou estão preocupados com os comentários. Bem, um dia a gente aprende que não é preciso agradar a todo mundo. Acho isso interessante em Peter Parker e seu alter ego. Ele tem uma vida autêntica de um lado, mas diferente de outro. Qual destes lados é o verdadeiro e qual não é? Eu ficaria enlouquecida se me importasse em controlar o que falam ou não sobre mim. Ou tentar mostrar que sou algo que não sou.

Mas algum tipo de controle você exerce sobre essa exposição. Sim, eu não tenho, por exemplo, nenhuma rede social ou me preocupo com isso. Meu único método de controle é que ninguém sabe realmente o que acontece na minha vida pessoal. Por isso preservo ao máximo minha privacidade. Sem ser uma reclusa ou uma total estranha. Mas eu até poderia ser uma total estranha, e ninguém saberia (risos).

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