Diretor prepara nova adaptação de Suassuna para a TV

Luiz Fernando Carvalho, de ‘Meu Pedacinho de Chão’, já adaptou outros trabalhos do escritor e conta que tem uma minissérie planejada para 2015

Por Talita Fernandes, de Recife
25 jul 2014, 08h10

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**2/14** Ariano Suassuna *(Rosilda Cruz/SecultBA/VEJA)*

**4/14** O escritor Ariano Suassuna conversa com crianças durante evento em Pernambuco, em 2013 *(Lino Sultanum/Futurapress/VEJA)*

**5/14** Ariano Suassuna e Constantin Costa-Gavras, durante a Décima Terceira edição do Festival Audiovisual do Recife, no Teatro Guararapes, em 2009 *(Elvio Luiz/VEJA)*

**6/14** O dramaturgo, advogado, poeta e professor brasileiro, Ariano Suassuna é fotografado enquanto no clube de máscaras Galo da Madrugada, onde foi o homenageado deste ano, em Recife *(Williams Aguiar/Fotoarena/VEJA)*

**9/14** Ariano Suassuna posa para foto, em 1996 *(Dorival Elze/VEJA)*

**14/14** Na imagem, o dramaturgo, romancista e poeta e professor, Ariano Suassuna, em 1971 *(Aassis Hoffmann/VEJA)*

O diretor Luiz Fernando Carvalho, responsável pela novela Meu Pedacinho de Chão, da Rede Globo, compareceu ao velório do escritor Ariano Suassuna no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, nesta quinta-feira, e falou sobre sua relação com o escritor e sobre como foi adaptar parte de sua obra, como a minissérie A Pedra do Reino (2007). Carvalho também afirmou que prepara mais uma adaptação de um romance do paraibano para a TV, A História de Amor de Fernando e Isaura (Editora José Olympio).

“Adaptei os extremos de Ariano: A Farsa da Boa Preguiça, Uma Mulher Vestida de Sol e A Pedra do Reino. Foi uma grande viagem de aprendizado, de troca, de afeto, de conhecimento do país, de sua gente, de sua cultura”, diz Carvalho. “Agora estou preparando A História de Amor de Fernando e Isaura. É um prazer imenso, apesar da dificuldade de tentar representar o Brasil e a visão de Ariano Suassuna. O Brasil de Ariano, o Brasil Armorial.”

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Carvalho conta que está preparando o texto para o próximo roteiro, que deve ser apresentado como uma minissérie em 2015. Sobre as experiências anteriores de adaptação ao lado de Suassuna, o diretor conta que o escritor era muito cuidadoso e passava horas com Carvalho refletindo e pesquisando sobre o assunto. “Destes momentos saiam os maiores ensinamentos sobre tudo. Se eu perguntava a diferença entre capanga e jagunço, logo ele dava uma aula sobre geografia, sobre música sertaneja, sobre geologia, sobre canto. É um tesouro, é um cometa raro. O Brasil está mais pobre, perdemos um grande brasileiro”, diz.

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