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Com ritmo louco, ‘Confissão de Assassino’ é diversão garantida

Longa mostra por que 60% do circuito da Coreia do Sul é dominado pelo cinema do país, que, em ação e roteiro, não deixa nada a dever a Hollywood

Por Diego Braga Norte Atualizado em 30 dez 2016, 09h17 - Publicado em 25 out 2013, 07h35

A Coreia do Sul está na moda no universo do cinema. Diretores como Park Chan-Wook (Oldboy), Kin Ki-Duk (Time e Pietá) e Bong Joon-Ho (O Hospedeiro) são presenças constantes em festivais, conquistando prêmios e angariando elogios. Em comum, os sul-coreanos têm uma técnica apurada para a direção de câmera, a montagem e a fotografia. Ou seja, sabem filmar com estilo e precisão. Outro ponto em comum é o gosto por cenas de ação e de temas agressivos: vingança e assassinato são elementos centrais no novo cinema da Coreia do Sul.

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Confissão de Assassinato, do estreante Jung Byung-Gil, 33 anos, não foge à regra. Muito bem executado e com cenas de ação que deixariam sem fôlego o 007 de Daniel Craig, o filme prende do início ao fim. O roteiro, de acordo com o diretor, parte de uma lei local que prevê a prescrição dos crimes de assassinato passados 15 anos sem solução: em 2005, Lee Du-Seok publica um livro em que admite ser o autor de homicídios contra mulheres cometidos há mais de 15 anos. Bonito e articulado, Du-Seok vira uma celebridade instantânea, com direito a fã-clube e tietes perseguidoras. O detetive Choi, responsável pelos casos de homicídio acontecidos no passado, acompanha atentamente a aparição e ascensão de Du-Seok e também passa a ser seguido pela imprensa para falar sobre os crimes.

 

O filme tem um início alucinante, alternando cenas de ação (com flashbacks que mostram a perseguição ao assassino) e pitadas de humor, como a campanha da editora para tornar Du-Seok uma estrela. A história ganha outra dinâmica com a entrada em cena dos parentes das vítimas. Eles organizam um grupo e iniciam uma caçada ao assassino confesso. No grupo, bem heterogêneo, estão uma distinta senhora que perdeu a filha, um caipira agricultor que perdeu a esposa e uma adolescente que perdeu a mãe, entre outros. A adolescente cria cães de caça e maneja uma besta com habilidade de causar inveja a Katniss Everdeen, de Jogos Vorazes.

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Depois que a caçada começa, o enredo segue num ritmo alucinante. As sequências de perseguição são ótimas, com embates entre carros, motos, ambulâncias, caminhão e até um trator. Se algumas das cenas com automóveis podem suscitar dúvidas quanto à verossimilhança (lembre-se, é um filme de ficção), por outro lado, elas são quase impecáveis do ponto de vista técnico, com soluções e situações inusitadas, como o assassino Lee Du-Seok surfando na maca que escorrega de uma ambulância. Já as coreografias dos combates físicos impressionam pelo realismo. São “brigas de rua”, muito rápidas e “sujas”, bem ao estilo vale-tudo.

Mesmo sem estrelas conhecidas do público e com uma língua incompreensível para a maioria dos espectadores, Confissão de Assassinato é diversão garantida para quem gosta de longas de ação cheios de reviravoltas. Não é por menos que o cinema sul-coreano detém mais de 60% da bilheteria em seu país. Pelo menos para filmes de ação, eles não dependem de Hollywood.

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