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‘Chamar negro de macaco não é humor’, diz Bruno Mazzeo

Ator se pronunciou nesta manhã sobre caso ocorrido em espétaculo em SP

Por Da Redação
16 mar 2012, 16h03

“O termo ‘politicamente incorreto’ virou salvo conduto para se acharem no direito de falar qualquer coisa”, diz Mazzeo

Depois da falta de graça do comediante Rafinha Bastos no ano passado, que, entre outras coisas, disse que “comeria” a cantora Wanessa, então grávida, e seu filho, 2012 já tem um caso de falso humor para debater.

Na última segunda-feira, um espetáculo chamado Proibidão, na Kitsch Club, em São Paulo, terminou com a chegada da polícia, chamada por um músico que se sentiu ofendido por uma “piada” racista.

Raphael Henrique, integrante da banda responsável pelas vinhetas tocadas entre uma apresentação e outra, diz ter se sentido ofendido quando o humorista Felipe Hamachi disse, durante uma piada, que não se pega aids em relações sexuais com macacos, olhando em seguida para ele, que é negro.

A premissa do show de humor era que ninguém se ofendesse com as piadas. Antes de entrar, os espectadores eram obrigados a assinar um termo de compromisso dizendo que não se sentiriam ofendidos durante o show. Os músicos da banda, no entanto, não tiveram de assinar o termo.

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O assunto desentocou o humorista global Bruno Mazzeo, que evita se pronunciar sobre temas do tipo. Na manhã desta sexta-feira, ele escreveu no Facebook uma crítica sobre o ocorrido. “Há muito tempo eu vivi calado, mas agora resolvi falar. Os caras do stand up são muito unidos, tanto na hora de falar o que quiserem, como na hora de se revoltar quando sofrem críticas. O termo ‘politicamente incorreto’ virou salvo conduto para se acharem no direito de falar qualquer coisa”, escreveu. “E, quando criticados, se unem para dizer que há censura. Não há. Censura é não poder falar. E todos eles podem falar o que bem entenderem, tanto que andam fazendo isso, aqui e ali, em bares e no Twitter. Desculpem-me todos, mas chamar um negro de ‘macaco’, como fez o rapaz semana passada em Sampa, o que gerou até polícia, não tem nada a ver com humor.”

Segundo Mazzeo, o tipo de piada feita por Felipe Hamachi não tem crítica, como “necessita” o humor. “Não tem graça, como necessita mais ainda o humor. É apenas agressividade. Como foi com a piadinha de Auschwitz tempos atrás. Como são todas as (mesmas de sempre) que vivem fazendo com Preta Gil, por exemplo. Se eu mandar meu síndico ‘tomar no **’, não estarei sendo politicamente incorreto. Estarei apenas sendo mal educado.”

Por outro lado… – Rafinha Bastos não gostou do que Mazzeo escreveu. Em um post publicado no Facebook, caçoou do título comediante dado ao ator e disse ainda que o texto do colega “atenta contra a profissão” de ambos e que o caso ocorrido no Proibidão precisa de “análise sobre a questão da liberdade de expressão”. “Não julgo se a piada foi boa, ou não. Piadas precisam de contexto e só quem tem isso é quem estava no local, mas venho aqui dar o meu apoio ao comediante Felipe Hamachi. Acerte, erre, mas não seja Bruno Mazzeo, digo, b*dão“, escreveu Bastos.

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