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Advogado acusa AEG de ser ‘impiedosa’ com Michael Jackson

Estima-se que a mãe de Michael esteja pedindo uma indenização de bilhões de dólares em nome dos filhos do cantor. Nos documentos do processo, ainda não há menção a valores

Por Da Redação
29 abr 2013, 21h24

Nesta segunda-feira, no ponto de partida do processo movido por Katherine Jackson, a matriarca da família Jackson, contra a AEG Live, produtora responsável por preparar os shows que Michael ofereceria em 2009, o advogado de acusação afirmou que a empresa pôs sua ambição econômica “impiedosa” acima do bem-estar do cantor. Brian Panish, o advogado, acusou a produtora de negligência ao contratar o médico Conrad Murray para cuidar do astro antes e durante os shows.

Murray, que está preso, foi condenado em 2011 por homicídio culposo por fornecer a Michael uma dose letal de sedativo. Katherine, de 82 anos, ficou na primeira fileira do tribunal, junto com os filhos Randy e Rebbie, enquanto Panish descrevia o prolongado vício do cantor em medicamentos, álcool e outras drogas.

O advogado acusou o Anschutz Entertainment Group (AEG) de falhar em seu dever de cuidar do cantor, pois seu interesse estaria concentrado em se tornar a maior produtora de eventos musicais do mundo, com os shows da turnê This is it, que Michael faria em Londres. “A AEG tinha um problema e queria resolvê-lo. E não se importou com quem sairia perdendo”, atacou o advogado, no início do julgamento que deve se estender por mais de três meses. “Foram impiedosos. Queriam ser o número um a todo custo”, disse. “Michael Jackson, o doutor Conrad Murray e a AEG Live: cada um teve um papel no resultado final, que foi a morte de Michael Jackson. Mas sem a AEG nada disso teria ocorrido.”

Katherine Jackson, que usava um tailleur azul, foi saudada por fãs do cantor na entrada do tribunal, aos gritos de “Nós te amamos, senhora Jackson”.

Estima-se que a mãe de Michael esteja pedindo uma indenização de bilhões de dólares em nome dos filhos do cantor — Prince, de 16; Paris, de 14; e Blanket, de 11. Nos documentos do processo, ainda não há menção a valores. Os dois filhos mais velhos poderão ser convocados a testemunhar. Também podem ser convocadas algumas estrelas ligadas a Michael, como Quincy Jones, Diana Ross e Spike Lee, além de suas duas ex-mulheres, Lisa Marie Presley e Debbie Rowe. Murray também pode ser chamado, mas já disse em uma entrevista que não comparecerá em juízo para não atrapalhar os passos do recurso apresentado por seu advogado contra sua detenção.

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Michael Jackson morreu em sua mansão em Los Angeles, em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, vítima de uma overdose de Propofol, ministrada por Murray. O objetivo, segundo o médico, era ajudar o cantor a lidar com sua insônia crônica. Na época, o artista estava no meio dos ensaios para os 50 shows que daria em Londres, todos organizados pela AEG.

A mãe de Michael garante que a empresa fez forte pressão em seu filho para que ele estivesse pronto para os shows. Já a AEG Live se defende, alegando que o cantor tinha um histórico de abuso de medicamentos muito antes de conhecer Murray e de tê-lo contratado. Parte do julgamento deve, inclusive, concentrar-se no responsável pela contratação do médico: se foi o próprio Michael, ou a produtora AEG.

(Com agência France-Presse)

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