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A saída para o trânsito de SP pode estar na alta tecnologia

Em entrevista ao site de VEJA, o proessor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Carlo Ratti, defende o conceito de cidade em tempo real como a melhor ideia para amenizar os congestionamentos em centros urbanos

Por Mariana Zylberkan
24 set 2012, 07h15

Às vésperas das eleições para a Prefeitura de São Paulo, eis que é apresentada uma solução futurista, porém promissora, para o trânsito da cidade. Ela, na verdade, nasceu bem longe do terreno político: foi gestada no maior centro de estudos de tecnologia do mundo, o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Pela proposta, num futuro bem próximo os motoristas poderão coletar informações em tempo real das vias mais congestionadas e receber sugestões de caminhos mais rápidos para chegar em casa, tudo pela tela do celular. E não só isso. Num futuro não muito mais distante, carros elétricos sem condutores serão capazes de encontrar sozinhos a melhor rota no meio do trânsito. Ideias como essas, que vêm sendo desenvolvidas por Carlo Ratti, arquiteto e diretor do Senseable City Laboratory, centro de estudos do ambiente urbano do MIT, serão apresentadas nesta segunda-feira na terceira edição do Arq. Futuro, simpósio que vai reunir especialistas em arquitetura, urbanismo e tecnologia para encontrar soluções para São Paulo no Auditório Ibirapuera.

“O problema atual do trânsito são os horários de pico e não a capacidade das vias. A tecnologia pode nos ajudar a amenizar esses picos”, diz Ratti. A partir dessa premissa, o especialista desenvolve o projeto Mobilidade Urbana do Futuro, que teve um piloto exibido numa exposição do Museu de Arte de Cingapura, em abril de 2011. Na mostra, as pessoas puderam ver a própria cidade equipada com sistemas interativos de informação em tempo real. “Os aplicativos tecnológicos podem ter várias funções: dizer ao cidadão o melhor caminho para chegar em casa, como reduzir o gasto de energia em seu bairro e onde encontrar um táxi debaixo de uma tempestade, quando todos parecem desaparecer.”

Na vida real, para a ideia futurista ser colocada em prática é preciso conscientizar os governantes da importância de investir em infraestrutura digital das cidades. “Nos últimos dez anos, a tecnologia digital passou a ser implantada nas cidades e hoje representa a espinha dorsal de uma enorme infraestrutura inteligente. Banda larga em fibra ótica e rede de telecomicações sem fio dão suporte, atualmente, ao uso de telefones celulares, smartphones e tablets, que se tornam cada vez mais presentes na vida das pessoas. A partir disso, a cidade responde melhor às demandas dos cidadãos.”

Com mais acesso e controle do ambiente circundante, as pessoas podem, na visão de Ratti, se tornar agentes mais eficientes de mudanças. “Nessa cidade tecnológica, os cidadãos podem se unir para resolver problemas de uso de energia, congestionamentos, saúde e educação de forma bem mais eficaz do que se deixam todo o poder centralizado em governantes.”

O Arq. Futuro acontece nesta segunda e terça-feira no Auditório Ibirapuera. No primeiro dia, a programação vai das 14h às 17h30 e, no segundo, das 9h às 17h30. Os ingressos custam 20 reais.

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