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‘180º’, protagonizado por Eduardo Moscovis, tem roteiro intrincado mas falho

A história de um triângulo amoroso entre jornalistas e o mistério da autoria de um livro que vendeu milhares de cópias são forçosamente relacionados

Por Rodrigo Levino
16 set 2011, 13h56

Nesta sexta, estreia 180º, o primeiro longa do carioca Eduardo Vaisman, elogiado na direção de curta-metragem. O filme, protagonizado por Eduardo Moscovis, Mallu Gali e Felipe Abib, venceu no ano passado o prêmio do júri popular do Festival de Cinema de Gramado. O crivo, no entanto, não é indicativo de qualidade. 180º conta a história do triângulo amoroso entre Russel (Moscovis), Anna (Mallu) e Bernardo (Abib), jornalistas de uma mesma redação, no Rio de Janeiro. O ponto de tensão entre os personagens vai além da relação esgarçada pela reformulação de casais — ex de Russel, Anna agora está com Bernardo, o autor de um best-seller. Diz respeito, isso sim, a esse livro que se tornou fenômeno de vendas e que vai se tornando aos poucos suspeito de plágio. A sinopse não é problema, nem a atuação dos atores: o que prejudica o filme é o roteiro frágil que o sustenta, que a direção de Vaisman não salva.

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Anna, depois do fim do casamento com Russel, que decide se isolar em uma fazenda herdada do pai, larga a redação e abre uma pequena editora. É nesse cargo que ela recebe os originais de um romance escrito por Bernardo, cujo mote é ter sido criado a partir de uma caderneta encontrada no banheiro de um bar. A publicação do livro se torna ponto de partida para a relação dos dois.

Com o roteiro cheio de idas e vindas ao passado e ao futuro dos personagens, o espectador é obrigado a montar um quebra-cabeça para compreender em qual ponto a relação de Anna e Russel se esgarçou, quando Bernardo e Anna se tornaram amantes e de onde Bernardo tirou a ideia original do seu livro de sucesso. Uma trama intricada. E só.

Os fios do suposto plágio e a tensão entre os três não se ligam a contento. A solução para o mistério da caderneta é ingênua – ou assim o diretor faz parecer. O encontro dos três na fazenda em que Russel vive é menos crível ainda. A civilidade superficial entre eles não deixa margem para pensar que ali não aconteceria um enfrentamento e não se deixa entender. Patinando, o filme não se decide entre o suspense, o romance e o drama.

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De tão confuso e enfadonho, deixa a impressão de que só uma desgraça na vida dos três poderia dar fim a tantos conflitos forçosamente criados. O problema é que se toma tempo demais do espectador até aí. Fica a impressão de ser como um livro que terminou antes de entregar o que prometia e no qual quase nada se justifica. Sequer o título escolhido.

Assista abaixo ao trailer do filme:

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