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Zeca Pagodinho, o sambista herói de Xerém

Com quadriciclo, ele socorreu moradores, buscou informações e deu carona a desabrigados em Duque de Caxias. "Dá nojo. Nojo dos políticos", disse

Por Da Redação
3 jan 2013, 17h51

Na cidade mais atingida pelo primeiro temporal de 2013 no estado do Rio, uma figura bem conhecida da população se destacou como a imagem da solidariedade. Proprietário de um sítio no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, o sambista Zeca Pagodinho interrompeu o descanso para ajudar desabrigados, buscar informações sobre famílias sem comunicação e dar carona a moradores da região, em um quadriciclo motorizado. Zeca chegou a fazer um alerta, ainda pela manhã: o de que crianças e famílias inteiras estariam desaparecidas na parte alta de Xerém – o que não foi confirmado pela Defesa Civil do município.

Sempre irônico, com humor rápido, Zeca estava irreconhecível. Cabisbaixo, chegou a chorar em uma das entrevistas que deu ao longo do dia. Perguntado sobre o que sentia ao ver a destruição, foi sucinto. “Estou aqui há 20 anos. Meus filhos foram criados aqui. Lá em cima está muito ruim. Há criança desaparecida, casa que caiu rio abaixo. Estamos desde 6h da manhã batalhando”, disse.

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Xerém é uma localidade pobre. E, como grande parte da Baixada Fluminense, enfrenta os problemas de falta de estrutura capaz de prevenir as chuvas de todo verão. Na baixada, as áreas onde foram construídos alguns bairros estão destinadas a sofrer no período das cheias por uma característica incontornável: foram construídos em regiões mais baixas que o nível do mar, onde antes havia lavouras que se beneficiavam da inundação como forma de irrigação natural.

Na enchente de agora, o poder público deu um empurrão para a tragédia: segundo o prefeito recém-empossado Alexandre Cardoso (PSB), que já foi secretário de Saneamento do estado, havia 50.000 toneladas de lixo acumulado nas ruas de Caxias no momento do temporal. Desde o fechamento do aterro de Gramacho, a destinação do lixo é um problema para a cidade, que não tem área adequada para depósito dos resíduos sólidos.

Zeca não é especialista em prevenção de desastres, mas deu sua versão para o que viu em Xerém esta manhã. “É um descaso. Isso dá nojo. Nojo dos políticos”.

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