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Youssef pede para prestar novo depoimento à Justiça

Na primeira oportunidade, o doleiro preferiu manter silêncio na ação penal em que é acusado de lavagem de dinheiro por operações simuladas de comércio exterior

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 fev 2015, 19h59

O doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do escândalo do petrolão, apresentou à Justiça pedido para que possa prestar novo depoimento às autoridades e esclarecer as acusações de que ele utilizou sua organização criminosa para retirar do país 444,6 milhões de dólares em operações simuladas de comércio exterior por laboratórios de fachada.

Esse é um dos processos em que o doleiro é réu. A ação estava paralisada à espera da homologação da delação premiada firmada por Youssef. Agora, o pedido de novo depoimento será analisado pelo juiz Sérgio Moro, que também precisará decidir se acolhe o pedido da Procuradoria da República no Paraná para que a pena do doleiro, neste caso específico, seja reduzida pela metade.

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“Alberto Youssef reitera o seu compromisso de colaborar com a Justiça, esclarecendo a verdade dos fatos para que esse órgão julgador possa sentenciar os eventos supostamente delitivos constantes na incoativa da maneira mais justa e correta”, disse a defesa do doleiro ao apresentar o pedido para novo depoimento.

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Quando foi convocado para prestar depoimento originalmente, Alberto Youssef preferiu permanecer calado.

Vingança – A renovada intenção do doleiro está longe de ser um desejo genuíno de colaborar com a Justiça. Os advogados do doleiro querem aproveitar os depoimentos para falar de crimes praticados pelo doleiro Leonardo Meirelles, um dos réus da mesma ação penal. Youssef quer complicar a situação de Meirelles desde que foi acusado pelo ex-comparsa de ter escondido dinheiro e bens do acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal. Se comprovado que Youssef omitiu patrimônio, ele perde os benefícios do pacto feito com a Justiça.

De acordo com a acusação nesta ação penal, paralelamente ao esquema de lavagem de dinheiro para as maiores empreiteiras do país e da Petrobras, Youssef e outras seis pessoas retiraram ilegalmente do Brasil 444,6 milhões de dólares por meio de 3.649 operações fraudulentas. A atuação do grupo envolvia a movimentação financeira por meio de importações fictícias e celebração de contratos de câmbio por empresas de fachada, como os laboratórios Labogen, e remessas a bancos na China, Coreia, Canadá, Taiwan, Índia, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Hong Kong, Ucrânia, Bélgica, Liechtenstein e Costa Rica. O destino do dinheiro eram offshores controladas pelos acusados.​

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