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Wilder Morais toma posse na vaga de Demóstenes Torres

Empresário surpreendeu os próprios senadores. Ele ligou na manhã desta sexta para os integrantes da Mesa, comunicando o desejo de assumir o cargo

Por Da Redação
13 jul 2012, 10h34

O primeiro suplente do senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO), Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), tomou posse na manhã desta sexta-feira, dia 13, assim que foi aberta a sessão. Depois de assinar o termo de posse, Wilder fez o juramento previsto no Regimento Interno da Casa: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Foram suas únicas palavras.

Segundo a Agência Senado, o evento surpreendeu os próprios senadores. Wilder ligou na manhã desta sexta-feira para os integrantes da Mesa, comunicando que estava em Brasília e que desejava tomar posse. O 4º secretário, senador Ciro Nogueira (PP-PI), conduziu a rápida cerimônia.

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Assistiram ao juramento os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Ana Amélia (PP-RS). Encerrada a cerimônia de posse, o novo senador retirou-se do plenário, embarcou em seu carro e deixou o Congresso. Wilder só comentou o acontecimento pelo Twitter: “Interrompi minhas férias e tomei posse hoje pela manhã no Senado. Vou honrar Goiás e o Brasil em minha atuação parlamentar”.

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Ao tomar posse nesta sexta-feira, Wilder garante cerca de vinte dias de folga remunerada. O Congresso entra oficialmente em recesso na próxima terça-feira. Na prática, os trabalhos já pararam e só serão retomados em 2 de agosto. O senador receberá vencimentos proporcionais referentes ao mês de julho – pouco mais da metade dos 26 700 reais a que teria direito por um mês inteiro trabalhado.

Demóstenes foi cassado nesta quarta-feira, acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com isso, Wilder terá mais seis anos e meio de mandato.

O mais novo ocupante do Senado é empresário e tem 44 anos. Para assumir o posto, Wilder deixará a Secretaria de Infraestrutura de Goiás – o primeiro cargo público que ocupou. Wilder nasceu em uma família pobre da cidade goiana de Taquaral e mudou-se para Goiânia em 1984. Na capital, formou-se em engenharia na Universidade Católica de Goiás. Antes do escândalo Cachoeira, ele tratava Demóstenes como “o melhor senador do Brasil”.

Wilder declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de 14,4 milhões de reais. Ele é dono do grupo Orca, que atua na área da construção civil e possui contratos até na Índia.

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Denúncia – Nesta sexta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo publicou trechos de uma gravação feita pela Polícia Federal na qual Cachoeira e o ex-vereador tucano de Goiânia Wladimir Garcez conversam sobre um acordo que teria sido firmado com Wilder. Nas escutas, eles discutem como abordar o então suplente de senador, que estaria “falando mal” de Cachoeira: “Tinha um acordo aí. Pode falar do acordo meio a meio?”, pergunta Garcez a Cachoeira. O suplente de Demóstenes não comentou o caso.

Um dia antes, a Folha de S. Paulo havia divulgado uma conversa entre Cachoeira e Wilder. No diálogo, o contraventor afirma ter sido responsável pela indicação do amigo para assumir a suplência no Senado e a Secretaria de Infraestrutura de Goiás. Wilder consente.

Em sua página no microblog Twitter, o novo senador contestou a reportagem: “Discutíamos sobre questões de foro íntimo, que resultou na minha separação da esposa”, escreveu o empresário, que é ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do bicheiro. “Ao contrário do que vem sendo divulgado, meu real propósito não foi mostrar gratidão, mas por fim a uma conversa constrangedora. Se a íntegra da conversa fosse divulgada, a interpretação dos fatos certamente seria outra”.

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