A partir das investigações sobre as causas da tragédia com o voo 447 da Air France, que caiu durante o trajeto Rio-Paris em julho de 2009, o Escritório de Investigações e Análises (BEA) da Aviação Civil da França elaborou dez novas recomendações de segurança, que deverão ser seguidas pelas companhias aéreas e autoridades reguladoras do setor. São elas:
As recomendações do BEA
Treinamento aos pilotos As autoridades reguladoras devem rever o conteúdo dos programas de treinamento e de controle das aeronaves em comando manual – e implantar exercícios específicos e regulares dedicados à pilotagem manual, à abordagem e à recuperação do estol, inclusive em alta altitude. Segundo a BEA, os pilotos do Airbus da Air France não foram capazes de identificar a perda de sustentação, apesar do aviso sonoro. Comandante suplente A BEA pede às autoridades reguladoras que definam critérios adicionais que permitam o acesso à função de comandante de bordo suplente para garantir uma melhor divisão das tarefas em casos de tripulações reforçada. Mediação de incidência O escritório francês ainda recomenda que as autoridades reguladoras avaliem os méritos de integrar a presença de uma indicação de incidência diretamente acessível pelos pilotos. Registradores de imagem Sobre os registradores de voo, o BEA solicita às autoridades reguladoras a obrigatoriedade da instalação de registradores de imagens que permitam visualizar o conjunto do painel de bordo em aviões que realizam transporte público de passageiros, e também a definição de regras para a operação destes registradores. O escritório francês recomenda, ainda, o registro de parâmetros de voos adicionais. Transmissão de dados Nas recomendações sobre a transmissão de dados do voo, a BEA solicita a imposição da liberação da transmissão de dados para ajudar a localização quando for detectada uma situação de emergência a bordo. A outra visa estudar a possibilidade de impor a ativação do sinal de emergência (ELT- Emergency Locator Transmitter) quando uma emergência é detectada a bordo.