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Vídeo: traficantes atacam policiais de favela ‘pacificada’ no Rio

No Andaraí, soldado João Carlos Pinto da Silva foi ferido na barriga ainda dentro da viatura. Traficante foi preso ontem e delegado o indiciou por tentativa de homicídio. Somente em 2016, 30 policiais foram feridos em áreas com UPP

Por Da Redação Atualizado em 10 dez 2018, 09h38 - Publicado em 8 mar 2016, 19h51

Dentro de uma viatura, dois jovens policiais trafegam por uma ladeira do Morro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro num dia comum de janeiro. Moradores caminham pelas ruas normalmente quando, de repente, o carro cruza com um rapaz carregando uma mochila na frente do corpo. Escondido, ele tem em mãos uma pistola. A ação é rápida e cruel. Sem falar nada o criminoso espera os PMs se aproximarem, saca a arma e atira. Ferido, o soldado João Carlos Silva tenta reagir, mas sua arma trava. O motorista desce do carro e começa a trocar tiros. Sua arma também trava. E o bandido foge. Ontem, enfim, Luiz Claudio do Nascimento Geraldino Júnior, conhecido como Chulé, foi preso por agentes da própria UPP e da 20ª DP (Vila Isabel). O delegado Hilton Pinho Alonso indiciou o suspeito por tentativa de homicídio, mas o que o caso revela com nitidez é que, a cada dia, os criminosos vão ficando cada vez mais ousados e à vontade para atacar.

O soldado Silva, casado, pai de uma criança de 4 anos, foi o 12º policial militar ferido dentro desses territórios que a Secretaria de Segurança considera pacificados somente no ano de 2016. A lista até esta data de 8 de março já soma 30 casos (média de um a cada dois dias), mas a relação até o fim do ano tende a crescer. Para se ter uma ideia, ano passado foram 154 policiais atingidos por tiros nessas 38 regiões de UPP, sendo que 13 deles acabaram morrendo. Desde o início do programa de pacificação, em 2008, 29 policiais foram assassinados. “Estamos acuados”, desabafa um policial da unidade.

https://www.youtube.com/watch?v=EJ2ESqM-Nhk

O Andaraí conta com uma UPP desde 2010. Foi ali mesmo que, em 6 de julho do ano passado, o soldado Alex Amâncio Ferreira acabou levando um tiro na testa e morreu, enquanto seu colega, o soldado Pedro Henrique Barbosa, foi atingido no rosto e conseguiu escapar. Mas os problemas estão muito além daquele pequeno território da Zona Norte da cidade. Ali pertinho, por exemplo, a UPP já foi expulsa de duas favelas do Complexo do Lins, os morros da Cachoeira Grande e do Gambá, como o site de VEJA já havia mostrado.

Na semana passada, o Morro Dona Marta, em Botafogo, considerado favela modelo do projeto UPP, registrou sua primeira morte oficial em sete anos, durante um confronto entre traficantes e policiais. Mas a violência ali, apesar de pouco divulgada, não é exatamente uma novidade. Em 7 de setembro do ano passado, no feriado da Independência do Brasil, o sargento Inácio Heleno de Lucena ficou ferido após ser atacado por uma granada, enquanto sua patrulha fazia buscas na região do Beco da Lua Nova. Ele ficou ferido no rosto. “A cada dia eles vão se sentindo mais à vontade”, diz um policial da UPP local.

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