Vídeo mostra força especial do Exército encurralada na Maré
Troca de tiros durante a madrugada deixou moradores assustados, mas não houve registro de feridos
A madrugada foi de intenso tiroteio no Complexo da Maré, área que mais de 2.000 homens do Exército ocupam desde abril, tentando preparar o terreno para a chegada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), prevista para o final de novembro. Um vídeo gravado por um morador revela a situação conflagrada de um território que, assim como muitos outros, está longe de poder chamar de pacificado. Durante quase dois minutos, um soldado de uma das forças especiais do Brasil, a Brigada Paraquedista, se vê encurralado dentro de uma quitanda na Favela Salsa e Merengue, debaixo de uma chuva de tiros de fuzil.
Na última semana, dois soldados ficaram feridos em confrontos ocorridos na região, que vive uma guerra entre as três facções criminosas do Rio na disputa pelos pontos de venda de drogas. Outro episódio recente, no dia 1º de outubro, deixou dois suspeitos mortos num tiroteio com os militares. Naquela mesma tarde, a Avenida Brasil chegou a ficar fechada por 40 minutos para evitar que inocentes se ferissem, e alunos ficaram sem aula. No confronto de desta quinta-feira, várias pessoas que esperavam atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região foram obrigadas a se esconder debaixo de macas e cadeiras.
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