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Vereadores pedem a cassação do prefeito de Campinas

Pedido contra Hélio de Oliveira Santos será votado na quinta. Ele é acusado de omissão e negligência diante de gestores corruptos

Por André Vargas
16 ago 2011, 20h06

O prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), conhecido como doutor Hélio, teve sua cassação pedida, na tarde desta terça-feira pela comissão de vereadores que investiga sua conduta no cargo. A votação do pedido na Câmara está marcada para quinta-feira (18), a partir das 9 horas. O relatório final da comissão somou 1.649 páginas.

A administração de Campinas foi abalada por sucessivos escândalos de corrupção a partir de maio. Ainda que não seja alvo da investigação promovida pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Dr. Hélio foi processado pela oposição. As investigações atingem mais de vinte pessoas, entre empresários, servidores e ex-gestores públicos, incluindo também a primeira-dama e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos. Ela chegou ter sua prisão decretada e ficou foragida por alguns dias, até obter um habeas corpus.

De acordo com o presidente da comissão e líder da oposição, vereador Rafa Zimbaldi (PP), o prefeito é acusado de três infrações: omissão diante da corrupção na companhia municipal de saneamento, a Sanasa; negligência na defesa do bem público na aprovação de loteamentos irregulares; e procedimento incompatível com o cargo na aprovação da instalação de antenas de telefonia celular.

Por se tratarem de faltas de natureza administrativa, a cassação não levaria o prefeito à prisão. Para obter êxito, a oposição necessita de dois terços dos votos (22) na Câmara. Zimbaldi conta com dezoito votos pela cassação e tentará conquistar os demais por convencimento político e pressão popular. Durante a votação da cassação, o prefeito ou seu advogado terão duas horas para apresentar a defesa oral.

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Inocência – Em nota à imprensa, Hélio de Oliveira Santos informou: “Não restou a meus detratores nada além de calúnias, para sustentar o pedido de cassação de um prefeito legitimado nas urnas. Minha inocência está provada. Tão logo se encerre esse processo, a prefeitura e Câmara Municipal caminharão, juntas, para concluir o ciclo de desenvolvimento econômico e social iniciado há sete anos, quando fui eleito pelo povo.”

O eventual afastamento do prefeito não significa que a situação política em Campinas fique mais tranquila. Quem assumiria a administração seria o vice, Demétrio Vilagra (PT), investigado pelo Ministério Público por participação no mesmo esquema. Assim como a primeira-dama, Vilagra foi denunciado pelos crimes de formação de quadrilha, fraude licitatória e corrupção passiva. Ele chegou a ser preso.

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